Segundo o Índice Comerc Energia de outubro, há oito meses seguidos, observa-se uma crescente e consistente retomada do consumo de energia. Na comparação do acumulado dos meses de 2017 com 2016, afere-se um aumento no consumo de 1,80% maior sobre o mesmo período do ano passado.

O índice também confirmou, novamente, o segmento Veículos e Autopeças como destaque, ao consumir 5,95% a mais do que em 2016. O setor é seguido pela Eletromecânica, com mais 5,1% no consumo, e Têxtil, Couro e Vestuário, com mais 4,51%.

Os dados de consumo de energia registram aumentos nas mais diversas comparações. A diferença de outubro de 2017 para o mesmo mês em 2016 chega a 3,36%. E a variação mensal de setembro de 2017 para outubro de 2017 também indica um aumento de consumo, de 1,61%.

Em outubro, das onze categorias monitoradas, dez ostentavam consumo maior em relação ao mesmo mês em 2016. A exceção ficou por conta da categoria de Manufaturados, com queda de 0,39% sobre outubro de 2016. Em junho, eram apenas seis setores apresentando crescimento.

A categoria Veículos e Autopeças desperta atenção. O segmento lidera o Índice, registrando um aumento de 13,14% sobre outubro do ano passado. “Este aumento expressivo no consumo do segmento está, certamente, associado à expansão de sua produção”, afirmou Cristopher Vlavianos, presidente da Comerc Energia. De acordo com dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores – Anfavea -, em todos os meses de 2017 a produção cresceu em relação a 2016. Em outubro, quando foram produzidos quase 250 mil veículos, o aumento foi superior a 42%, em relação ao mesmo período de 2016.

O segmento de Embalagens também consumiu mais energia em outubro de 2017, com alta de 6,51%. “Este pode ser um indicador de que a economia está dando seus primeiros passos em direção à recuperação. O segmento é reconhecido como um dos que mais rápido reage a um aumento da demanda de bens de consumo, passando a produzir mais e, portanto, a consumir mais energia”, ponderou Vlavianos.

O Índice Comerc Energia, publicado mensalmente, leva em conta o consumo das cerca de 1.600 unidades na sua carteira, pertencentes a mais de 820 grupos industriais e comerciais que compram energia elétrica no mercado livre.