Olá, esse é um conteúdo exclusivo destinado aos nossos assinantes
Cadastre-se GRATUITAMENTE ou faça seu LOGIN e tenha acesso:
Até 5 conteúdos
fechados por mês
Ficar por dentro dos cursos e
eventos do CanalEnergia
Receber nossas newsletters e
mantenha-se informado
sobre o setor de energia.
Notícias abertas CanalEnergia
ou
Já sou cadastrado,

Confirmando as previsões, o apetite e a disputa dos empreendedores eólicos ficaram para o leilão A-6 realizado nesta quarta-feira, 20 de dezembro. Se no leilão A-4 apenas 64 MW da fonte foram viabilizados, o certame de hoje comercializou 1.386 MW em 49 usinas. Assim como aconteceu com a fonte solar no leilão A-4, a Enel Green Power também foi a que mais vendeu parques, com três projetos eólicos que somam 618 MW de capacidade. Ela vai investir US$ 750 milhões na construção das usinas.

De acordo com o CEO global da EGP, Antonio Cammisecra, a empresa teve outro ano ímpar e as duas vitórias nos leilões dessa semana dá impulso para começar 2018. Segundo ele, a nova capacidade conquistada na semana fará com que ela aumente consideravelmente a sua presença em renováveis no país, reforçando a liderança no mercado.

O complexo eólico Lagoa do Barro (PI – 510 MW) vai ser capaz de gerar por ano mais de 2.400 GWh. A empresa desponta como uma das maiores geradoras do estado, uma vez que já opera o parque solar Nova Olinda e no leilão A-4 comercializou o parque solar São Gonçalo. A EOL Morro do Chapéu (BA- 78 MW) será construída no município de mesmo nome e será uma extensão do parque eólico Morro do Chapéu Sul (172 MW), com o qual o novo projeto irá compartilhar a mesma infraestrutura de conexão. Já a extensão de 30 MW do já operacional parque eólico Delfina da EGP também se localiza na Bahia.

Quem também viabilizou usinas eólicas foi a EDP Renováveis, com Santa Rosa e Mundo Novo com capacidade registrada de 121,8 MW e Aventura de 97,1 MW. O preço inicial atribuído dos contratos de longo prazo foi estabelecido em R$99/MWh e R$97/MWh respectivamente. A empresa já garantiu 482 MW de projetos de energia eólica no Brasil para iniciar operações em 2017, 2018 e 2023. Para ao CEO da empresa, João Manso Neto, isso confirma que a aposta e a estratégia para o mercado brasileiro foram corretas. Segundo ele, a EDPR entrou no mercado em 2010 e atualmente tem 204 MW de capacidade instalada, que será duplicada devido a esses novos projetos.

A Força Eólica do Brasil, do Grupo Iberdrola, vai implantar 281,4 MW no estado da Paraíba. Serão instalados 85 aerogeradores, até janeiro de 2023. Os parques, que aumentam em 57% a capacidade da empresa ficam localizados no sertão do Seridó nos municípios de Santa Luzia, São Mamede, São José do Sabugi e Areias de Baraúnas e se somarão aos 94,5 MW dos projetos Canoas, Lagoa 1 e Lagoa 2, recentemente instalados na Paraíba. Segundo a empresa, o aumento da capacidade mostra o compromisso do Grupo Neoenergia em crescer com projetos que agreguem valor ao Negócio Renováveis.

A Voltalia, que havia conseguido vender parques no leilão A-4, repetiu a dose e vendeu as EOLs Vila Acre II, Vila Paraíba I e Vila Paraíba IV, todos no Rio Grande do Norte, onde ela já atua em um cluster eólico. A desenvolvedora Eólica Tecnologia, de Pernambuco, apareceu no leilão com as usinas Ouro Branco e Quatro Ventos. A Ômega Energia vendeu parques no Maranhão que somam 95 MW, onde também já opera usinas eólicas.

Mesmo sem comercializar parques seus no certame, um dos maiores players do setor eólico não deixou de marcar presença nele indiretamente. A Casa dos Ventos é a desenvolvedora de parte significativa dos projetos da Enel Green Power e da EDP Renováveis viabilizados neste A-6, mais da metade do que foi negociado no total do leilão. No país, ela é uma das maiores desenvolvedoras de parques e implantou nos últimos dois anos 1,1 GW em eólicas próprias.

De acordo com Lucas Araripe, diretor de Novos Negócios da empresa, os dois anos sem leilão fizeram a disputa ficar muito acirrada. “O deságio surpreendeu, os retornos ficaram abaixo do esperado para nós”, conta. Segundo ele, a presença forte de players como a EGP no certame já era esperada. A Casa dos Ventos vai aguardar o leilão de abril do ano que vem e os que devem acontecer no restante do ano, quando Araripe acredita que haverá mais demanda.

Outras fontes – A Alupar vendeu 18,2 MW med da PCH Verde 8 (GO – 30 MW). O preço alcançado ficou em R$ 218,89/MWh. Os contratos originais de venda de energia dessa PCH foram rescindidos pelo Mecanismo de Compensação de Sobras e Déficits A4+.