A agência de classificação de risco Fitch rebaixou, para ‘A(bra)’, de ‘AA-(bra)’, o rating nacional de longo prazo da segunda emissão de debêntures do Complexo Eólico Caetités, no montante de R$ 33,5 milhões e com vencimento em 2028. Ao mesmo tempo, a agência revisou a perspectiva do rating para estável, de negativa. O projeto foi totalmente desenvolvido e patrocinado pelo Rio Energy Fundo de Investimento e Participações.
O rebaixamento do rating reflete a manutenção de custos operacionais e despesas gerais e administrativas substancialmente acima das expectativas da Fitch, o que levou à redução da geração operacional de caixa do projeto e a índices de cobertura do serviço da dívida (DSCR) comprimidos — que devem permanecer assim ao longo do prazo de vencimento das debêntures. Pelas projeções do novo cenário de rating da Fitch, o DSCR médio no período de 2018 a 2028 se reduz para 1,09 vez, de 1,18 vez. Ao mesmo tempo, o DSCR mínimo diminui para 1,01 vez, de 1,06 vez. O breakeven de produção não se alterou de forma significativa, mas o de custos operacionais e de despesas gerais e administrativas passou para 28%, de 175%.
A perspectiva estável do projeto reflete a opinião da Fitch de que os custos operacionais e as despesas gerais e administrativas permanecerão estáveis, a longo prazo, em relação às expectativas revistas.
As usinas foram viabilizados nos leilões de energia nova e de reserva de 2013. Os projetos entraram em operação comercial em agosto de 2015 e já atingiu o completion físico. Seu risco de ramp-up é mitigado por fiança bancária do Banco Santander (Brasil). A fiança cobre 40% da dívida até a conclusão financeira dos parques eólicos, que depende de um DSCR mínimo de 1,20 vez e de geração de energia mínima próxima a P90. A expectativa da Fitch é de que a fiança será integralmente liberada no primeiro semestre de 2018. Um contratos de dez anos com a GE Brasil garantem a operação e a manutenção (O&M). A empresa é fornecedora das turbinas de geração.