Dados preliminares de medição coletados entre os dias 1º e 25 de dezembro apontam aumento de 1,8% no consumo e de 2,5% na geração de energia elétrica no país, na comparação com o mesmo período de 2016. As informações estão na edição mais recente do InfoMercado Semanal Dinâmico, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, que traz dados prévios de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais.
O consumo de energia no Sistema Interligado Nacional atingiu 61.791 MW médios, em dezembro, aumento de 1,8% na comparação com o mesmo período do ano passado. No Ambiente de Contratação Regulado, o consumo caiu 1,6%, índice que considera a migração de consumidores para o mercado livre. Ao retirar essas novas cargas na análise, o consumo subiria 1,5%. Já o consumo no Ambiente de Contratação Livre, subiu 11,2%, número que leva em conta o efeito das novas cargas vindas do ACR análise. Quando esse movimento não é considerado, haveria aumento de 2,9% no ACL.
Dentre os ramos da indústria avaliados pela CCEE, incluindo dados de autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, os setores de metalurgia e produtos de metais, com 10,7%; veículos, com aumento de 7,5% e têxtil, que cresceu 6,3%, registram aumento no consumo, mesmo sem o efeito da migração na análise. No mesmo cenário sem migração, os maiores índices de retração pertencem aos segmentos de bebidas, com recuo de 2,7%; químico, que caiu 6,1% e minerais não-metálicos, com queda de 4,0%.
A geração de energia no SIN, que cresceu 2,5%, correspondeu a produção de 64.637 MW med. A análise indica aumento de 29,2% na geração de usinas térmicas e de 23% na produção eólica. As usinas hidráulicas, incluindo as PCHs, produziram um volume de energia 4,9% menor quando comparado ao mesmo período de 2016. A estimativa é que as usinas hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia gerem, em dezembro, o equivalente a 80,1% de suas garantias físicas, ou 44.801 MW médios em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, o percentual foi de 80,6%.