O consumo de energia na rede chegou a 39.543 GWh no mês de novembro. De acordo com dados da Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica, produzida pela Empresa de Pesquisa Energética, houve aumento de 2,4% na comparação com o mesmo período do ano passado. O resultado é o melhor para o mês desde 2014 e todas as regiões tiveram crescimento no consumo, sendo que no Centro-Oeste, ele foi maior, com aumento de 5,7%.
Na classe industrial, o consumo subiu 3,3%, chegando a 14.240 GWh. Nesse segmento foi onde houve maior aumento. A evolução suave do ambiente econômico que vem sendo mostrada por sinais como a queda nos juros e a criação de vagas de emprego fez com que a confiança do empresariado melhorasse. A fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos subiu 7,9%, com destaque para embalagens metálicas. No setor extrativo, o consumo subiu 7,5%, assim como na indústria automotiva. Dentre as regiões, o Sudeste foi o que mais cresceu, com aumento de 4,1%.
No segmento residencial, o consumo ficou em 11.413 GWh, subindo 2,5% em relação a novembro de 2016. Há um aquecimento no consumo, já que nos últimos três meses, a classe apresenta crescimento. A melhora do mercado de trabalho contribui para o resultado, já que a medida que a segurança com o emprego aumenta, o trabalhador fica mais confiante para consumir.
O consumo comercial de 7.486 GWh cresceu 2,1% em novembro. O aumento também significa melhora gradual no quadro da economia do país. Índices de emprego, renda e crédito impactam nas atividades do comércio. A Pesquisa Mensal de Comércio do IBGE mostra que houve avanço no volume de vendas em outubro, com destaque para eletrodomésticos e móveis. Outro fator que permitiu o crescimento do consumo no segmento foi o clima. A região Nordeste manteve a recuperação econômica lenta dos meses anteriores, crescendo 0,8% e tendo Piauí na linha de frente, crescendo 4,8%.