O Brasil permanece como líder do ranking de fontes renováveis entre os países em desenvolvimento que compõem os Briscs – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. De acordo com o boletim anual “Energia no Bloco dos Briscs”, a matriz de geração elétrica brasileira em 2016 registrou 80,4% de fontes renováveis, contra um indicador de 25,3% de renováveis no conjunto do grupo, que por sua vez é um pouco superior ao indicador mundial, de 23,6%.

Enquanto a África do Sul, China e Índia apresentam mais de 71% de fósseis, e a Rússia 64%, o indicador do Brasil é bem menor, de 15%. Já na matriz de oferta interna de energia, que abrange toda a energia necessária para movimentar a economia de um país, o Brasil conta com 43% de participação de energia renovável, mais de três vezes o indicador dos Brics, de apenas 13,1%.

O Brasil também apresenta um quadro favorável em termos de emissões de CO2. Segundo o estudo, o país emite apenas 1,47 tCO2/tep de energia consumida, em razão da maior presença de fontes renováveis na matriz energética. Já no Brics, o indicador é 82% superior (2,68 tCO2/tep), devido à grande presença de carvão mineral na matriz energética. O indicador mundial é de 2,35 tCO2/tep.

A geração de energia elétrica no bloco dos Brics atingiu, em 2016, o montante de 9.587 TWh (4,7% sobre 2015), o que representa 38,7% da oferta mundial de eletricidade (34,5% em 2011). Na matriz de geração, a maior participação é da China, com 64,6% (62,1% em 2011), seguida pela Índia, com 15,4%. O Brasil responde por 6,0% da geração elétrica do bloco, sendo que na geração total do Brasil, a hidráulica responde por 67,5%, e nos demais países do bloco o indicador não passa de 19%.