A Fitch Ratings atribuiu rating Nacional de Longo Prazo ‘AA(bra)’ à proposta de segunda emissão de debêntures da Celesc Geração, da espécie quirografária, com garantia real, no montante de R$ 160 milhões. A emissão é em série única e com prazo final de vencimento de sete anos, cujo objetivo é o de pagar a primeira emissão de debêntures e investimentos da companhia.
As debêntures terão como fiadora controladora da geradora, que é a Celesc e contarão com garantias reais, a cessão fiduciária dos direitos creditórios emergentes da concessão de cinco PCHs, incluindo recebíveis no montante mensal de aproximadamente R$ 5 milhões, além de direitos creditórios sobre a conta vinculada em que serão depositados os recebíveis oriundos da cessão mencionada e sobre a conta reserva onde serão retidos mensalmente os recursos transferidos a partir da conta vinculada.
De acordo com comunicado da agência de classificação de risco, os ratings do grupo catarinense, incluindo o da proposta de emissão de debêntures, refletem o seu forte perfil financeiro, com expectativa de que o grupo conseguirá administrar a alavancagem financeira líquida inferior a 1,5 vez, e ainda, à sua posição de liquidez nos próximos anos, que classificou como robusta.
“A agência considera positivo o acordo firmado entre a Celesc-D, principal subsidiária da Celesc, e a Eletrobras para a devolução de R$ 1,2 bilhão do encargo setorial da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), distribuída em trinta meses a partir de julho de 2017, que removeu uma incerteza que existia anteriormente quanto ao cronograma deste pagamento. Com base no cronograma acordado e na expectativa positiva de evolução operacional e da rentabilidade da Celesc-D, a Fitch entende que o grupo conseguirá administrar um fluxo de caixa livre (FCF) negativo em 2018 e 2019, períodos onde esta devolução está mais concentrada, mantendo robusto perfil financeiro”.
A Fitch lembra que o grupo tem como importante desafio melhorar o desempenho de sua atividade de distribuição de energia, o qual deve ser beneficiado pela continuidade do crescimento do consumo de energia em sua área de concessão. Neste negócio, a empresa precisa alcançar níveis de eficiência operacional e de rentabilidade superiores aos apresentados no último ano, de modo a atingir os parâmetros regulatórios definidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica.
Os ratings, continuou, incorporam a limitada diversificação dos segmentos de atuação e consideram, ainda o risco político do grupo, decorrente do controle acionário público, bem como o moderado risco regulatório e o risco hidrológico, atualmente acima da média.