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A empresa britânica Homeserve quer aproveitar o momento para acelerar sua expansão internacional. A companhia, fundada em 1993, atua com serviços residenciais e tem no segmento de utilities seu principal ramo de negócios. Uma das regiões onde pretende reforçar sua presença é no Brasil por este ser um mercado classificado como atrativo ao passo que a tecnologia no setor elétrico vem tomando cada vez mais espaço ante a forma tradicional das elétricas atuarem. No foco está a fidelização dos clientes como a chave para seu crescimento.

O CEO de Parcerias Globais da Homeserve, Giles Desforges, que chegou à companhia justamente para acelerar esse crescimento em outras regiões, comentou que o país possui um grande potencial em serviços e, devido à sua característica, mais focado no setor elétrico. Ainda mais neste momento no qual o consumidor vem ganhando mais importância na dinâmica do setor com maior poder de decisão quando comparado à antiga fórmula que envolvia um gerador, transmissor e distribuidor para que tivesse a energia em sua propriedade.

Ele avaliou que o avanço das tecnologias como a geração distribuída permitiu que esse comportamento vivesse uma mudança significativa e as empresas precisam adaptar-se a atender e cativar esses consumidores, pois senão eles vão deixar e migrar para outro que possa atender as necessidades de forma mais adequada.

“O Brasil tem uma dimensão enorme, há regiões metropolitanas como São Paulo onde há mais moradores do que em países da Europa. É um mercado atrativo e devemos atuar como fizemos nos  Estados Unidos, passo a passo, cidade a cidade. Os locais óbvios de estar são justamente as maiores onde há mais pessoas e consequentemente mais propriedades para atuar e são mais desenvolvidas como São Paulo e Rio de Janeiro, mas isso não impede de avaliar as oportunidades”, disse ele em entrevista à Agência CanalEnergia.

A empresa já atua por aqui por meio de parcerias mas quer acelerar essa presença na esteira desse rápido crescimento do consumidor mais ativo nas decisões do setor elétrico. A empresa está de olho nos consumidores que, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica já somam quase 215 MW de capacidade instalada divididas por 20 mil usinas em todo o país. Na região de concessão das duas cidades citadas, segundo os números da agência reguladora são 3,3 MW e 412 usinas pela Eletropaulo e 11,3 MW em 813 usinas na área de concessão da Light.

Esse nicho de mercado tende a se expandir cada vez mais ao passo que a tecnologia vem se desenvolvendo e muda o comportamento do consumidor. E isso, lembrou Desforges, é um fenômeno que vem ocorrendo com intensidade diversa em todo o mundo. Nesse sentido, as empresas tradicionais do setor que estavam habituadas ao velho padrão de atendimento ao consumidor estão vendo a necessidade de mudar esse seu comportamento e buscar novas estratégias de fidelizar esse consumidor.

“No passado você perguntava para um CFO quais eram o indicadores importantes para ele e a resposta se baseava em índices financeiros como fluxo de caixa livre, volume de capex… Hoje essa situação está diferente, pois entrou no foco o número de clientes que estão satisfeitos e felizes com a companhia que os atende. São indicadores que tornaram-se mais importantes do que no passado recente”, afirmou o executivo.

O ambiente atual que as empresas encontram no setor de utilities, comentou Desforges, tem trazido à tona a necessidade de uma mudança no modelo de negócio dessas empresas. No Brasil o foco é elétricas mesmo. Mas em comum está o fato de que a desregulamentação vem aumentando e, com isso, o aumento da concorrência, pois os monopólios naturais estão sendo rompidos, fatores que em sua avaliação trazem melhores serviços e preços mais baixo para os consumidores.

Esse caminho é uma resposta ao incremento da preocupação com o meio ambiente, a dependência de combustíveis fósseis e reservas decrescentes desses insumos, bem como a necessidade de atender à demanda de uma população mundial cada vez maior e manter o desenvolvimento econômico.