Neste início de ano, 60 usinas sucroenergéticas passaram a deter o Selo Energia Verde, emitido pelo Programa de Certificação de Bioeletricidade. O Selo é a primeira certificação no Brasil focada estritamente na energia produzida a partir da cana-de-açúcar.
A iniciativa, lançada em janeiro de 2015 pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) em cooperação com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), tem o apoio da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel).
Algumas das regras impostas às usinas incluem a obrigação de que as unidades estejam adimplentes junto à CCEE, sejam associadas à Unica e atendam determinados critérios de sustentabilidade e eficiência energética.
Ao longo de 2018, as 60 unidades certificadas estimam uma produção total de 15.744 GWh, exportando 66% para o Sistema Interligado Nacional (SIN) e o restante para o uso nas plantas industriais.
Para o gerente em Bioeletricidade da Unica, Zilmar de Souza, esse volume é estratégico para o Brasil. Equivale a mais de 16% do que foi gerado pela hidrelétrica Itaipu em 2017 e a quase 60% do consumo anual de energia elétrica de uma cidade como São Paulo, onde residem mais de 12 milhões de habitantes.
“A iniciativa da certificação da bioeletricidade ajuda a indústria sucroenergética a reforçar junto à sociedade a sua incrível sustentabilidade, principalmente no quesito ambiental e de eficiência energética. Também representa uma oportunidade para o consumidor do mercado livre de energia elétrica que, preocupado com o consumo responsável, queira contribuir para manter a nossa matriz energética mais limpa e renovável”, comenta e especialista.
Os consumidores no mercado livre que adquirirem a energia da usina certificada ou de comercializadora associada à Abraceel podem, desde que obedecendo as diretrizes do programa, requerer o Selo Energia Verde. A certificação é fornecida pela Unica sem qualquer custo financeiro.