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O atendimento da demanda por parte das distribuidoras está assegurado em 2018. De acordo com cálculos da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica, as concessionárias ainda operam em um ambiente de sobrecontratação, mas esse patamar está mais baixo do que no ano passado. A entidade apontou que as empresas estão, na média, com 102,5% de sua necessidade contratada. Com isso, qualquer crescimento da economia que for verificado em 2018 encontrará lastro no mercado regulado.
“O ambiente ainda é de sobrecontratação. Após a mais recente rodada do MCSD para contratos deste ano e de 2019 tivemos 100% da descontratação pretendida pelas distribuidoras atendida pelos geradores”, relatou o presidente executivo da Abradee, Nelson Fonseca Leite. “Com essa sobra de energia as concessionárias já possuem a elasticidade suficiente para atender e absorver um crescimento da economia”, acrescentou ele à Agência CanalEnergia.
O representante das distribuidoras relatou que as empresas ainda apresentavam excesso de contratos. Segundo ele, a maioria das concessionárias declarou volume de energia adicional para participar do mecanismo operacionalizado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica. Esse volume foi de 1.500 MW médios. Mas, houve três empresas que declararam necessidade de 150 MW médios, ou seja, ainda foi necessário reduzir contratos ao montante de 1.350 MW médios com os geradores, que por sua vez colocaram mais de 2 mil MW médios em contratos no MCSD.
“Por isso, o atendimento está garantido no ambiente regulado, há lastro de contratos para o fornecimento de energia”, ressaltou ele.
Em sua avaliação, os leilões de energia existente do final do ano passado, o A-1 e A-2 representou uma contratação pontual para o tamanho do mercado nacional. No início da crise de sobrecontratação eram justamente 2018 e 2019 que apresentavam os maiores volumes de sobra de energia no horizonte até 2021 e esse excesso foi mitigado pelas ações que o governo colocou em prática nesses anos até chegar ao atual estágio. Os 288 MW médios para 2018 representam, segundo a Abradee, menos de 1% da demanda total das distribuidoras no Brasil que está em algo próximo 47 e 48 mil MW médios. Essa mesma avaliação, continuou ele, vale para o resultado do A-2 que levou à contratação de 423 MW médios a serem fornecidos em 2019.
No dia 22 de dezembro o governo promoveu os dois certames que resultaram na contratação de energia elétrica de oito vendedores no leilão A-1 e treze no A-2, para atender a demanda de dez agentes de distribuição para 2018 e doze agentes de distribuição para 2019, nos quatro submercados, Nordeste, Norte, Sudeste/Centro-Oeste e Sul. O preço médio da energia negociada foi de R$ 177,46/MWh, deságio médio de 18,22%, e de R$ 174,52/MWh, deságio médio de 9,58%, respectivamente.