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De acordo com o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, o recente rebaixamento da nota de crédito do Brasil não deve afetar a atração de investimentos para o setor elétrico. Segundo ele, a decisão já era de certa forma esperada e mesmo assim, na última terça-feira, 16 de janeiro, a bolsa ultrapassou os 80 mil pontos, batendo recorde mesmo com o rebaixamento. Para o ministro, apesar do rebaixamento, ainda há o reconhecimento do mercado que o governo vem caminhando na direção certa, no sentido das reformas. Ele lembrou o êxito dos últimos leilões de transmissão e geração, com fortes disputas e preços baixos. “Você vê a resposta dos investidores nos leilões recentes”, explicou Coelho Filho, em evento realizado em Itaipu Binacional, na última terça-feira.
Já para o presidente executivo da Associação Brasileira de Energia Solar e Fotovoltaica, Rodrigo Sauaia, o rebaixamento pode impactar no setor solar. Para ele, há a possibilidade do ambiente de se tornar mais desafiador para a atração de investimentos e financiamentos internacionais. Isso pode levar a um rearranjo de preços no mercado fotovoltaico em relação ao último leilão de energia. Por outro lado, Sauaia ponderou que as diretrizes da macroeconomia e do setor fotovoltaico continuam sólidas para as perspectivas do mercado. Para ele, a baixa inflação e maior estabilidade cambial que vem sendo apresentada contrabalanceiam a perda do rating. “É uma equação bastante complexa, há um pouco de ciência e de feeling por trás dessa análise dos empresários. Tem um lado de projeção que é muito difícil antever”, frisou.
*O repórter viajou a convite de Itaipu Binacional