A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica reportou uma queda de 45% no volume de migrações para o mercado livre de energia. Foram registradas a adesão de 1.267 empresas para o ambiente de contratação livre, uma média de 105 por mês. No ano anterior foram 2.303 consumidores novos no ACL, média de quase 200 adesões mensais.
Somente em janeiro de 2018, de acordo com levantamento da Agência CanalEnergia, foram autorizadas as migrações de 61 consumidores especiais em duas reuniões do conselho de administração da câmara. Ainda há 286 pedidos de adesão, divididos em 274 vindos de consumidores especiais e 12 de consumidores livres.
Mesmo com a queda no número de migrações ao longo de 2017 quando comparada ao ritmo ainda de 2015, apontou a CCEE, as adesões mantiveram número expressivo. Há dois anos, a média de empresas aprovadas no quadro associativo da câmara como consumidores livres e especiais era de apenas oito por mês.
Os consumidores especiais, aqueles cuja demanda está entre 500 KW e 3MW, representaram 92% de toda a migração em 2017, totalizando 1.164 adesões. Esta classe de agentes já representa 63% dos associados da CCEE com 6.865 agentes. Ao final de 2015, a câmara contava com 3.244 associados, um crescimento de 112% no número de empresas. Já os consumidores livres, empresas com demanda superior a 3MW, totalizaram 103 migrações e alcançaram a marca de 874 agentes na CCEE.
Além do crescimento do número de agentes, o mercado livre também tem ampliado sua representatividade no consumo de energia do Sistema Interligado Nacional, pontuou a CCEE. Segundo dados do boletim InfoMercado, o consumo no ACL significou 28,5% em dezembro de 2017, ou 17.507 MW médios de um total de  61.533 MW médios. Em dezembro de 2016, o mercado livre representava 26% do consumo, ou 15.792 MW médios de um total de 60.790 MW médios.