A disponibilidade operacional das unidades geradoras da hidrelétrica de Itaipu atingiu a marca de 97,10% em 2017. De acordo com o superintendente adjunto de Manutenção, Cléber Pimenta, o índice elevado da disponibilidade das unidades geradoras será fundamental para a atualização tecnológica da Itaipu. Enquanto acontecer este processo, explica Pimenta, pelo menos uma máquina deverá estar fora do sistema, para que seja feita a atualização tecnológica e o programa de manutenção.
Com uma manutenção mais eficiente, o impacto na geração durante o período de atualização tecnológica será menor. Segundo Pimenta, a melhoria nos processos e o aumento da disponibilidade são as contribuições efetiva da manutenção, não só para atingir a produção atual, mas para a atualização tecnológica pela qual vai passar a usina. Ele explica que a disponibilidade operacional é um dos quatro fatores que interferem na produção da usina, ao lado de demanda de consumo, afluência da água e sistema de transmissão. O índice de disponibilidade é o único que depende exclusivamente de Itaipu e de uma boa gestão da área de manutenção.
Para atingir o recorde de disponibilidade operacional em 2017, a Manutenção vem melhorando seus processos, de uma forma mais efetiva, desde 2012. Naquele ano, a área concluiu os trabalhos na unidade geradora U06, que ficou mais de um ano fora do sistema devido à detecção de trincas na roda da turbina, em setembro de 2010. O aprendizado com a U06 permitiu à Manutenção rearranjar a periodicidade das paradas, rever os itens a serem inspecionados, implantar melhorias de processos e fazer a gestão do conhecimento, com a qualificação dos profissionais da área.
Em cinco anos, com o rearranjo das periodicidades e do tempo das paradas, a área conseguiu reduzir de 290 dias em 2012 para 193 dias em 2017 o tempo, no ano, que as unidades geradoras precisam sair do sistema para manutenção. Foram ganhos 97 dias de disponibilidade das máquinas por ano para gerar energia. Com a redução ano a ano, a Manutenção conseguiu que as unidades geradoras ficassem mais tempo disponíveis para gerar energia. O objetivo futuro é de até 2019, reduzir em mais 20 dias o tempo das paradas, por ano, ficando em 173 dias, de modo a contribuir mais ainda para a implantação tecnológica, mantendo a boa produção.