O volume de energia distribuída pela EDP Brasil aumentou 1,1% no consolidado do ano de 2017. Foram 24,7 milhões de MWh. A classe residencial apresentou crescimento de 0,8%, o Industrial avançou 2,7%, sendo puxado pelo consumo no mercado livre (alta de 12,2%) enquanto no mercado regulado a queda ficou em 24,9%. A demanda comercial manteve-se estável sendo alta de 60,9% para os clientes no ACL e recuo de 10,2% no ACR. No último trimestre esse índice apresentou crescimento de 3% ante o mesmo período de 2016. O número de clientes ao final do ano passado ficou em 3.376.825 unidades, aumento de 1,8%.
Na distribuidora de São Paulo houve aumento de 2,4% e 3,6%, no ano e no trimestre, respectivamente. Já na concessionária do Espírito Santo, a companhia registrou queda de 0,7% no ano e aumento de 2% no trimestre. Em 2017, 131 consumidores (78 na EDP São Paulo e 53 na EDP Espírito Santo) – migraram do mercado cativo para o mercado livre, sendo no quarto trimestre de 2017 a migração de apenas 31 consumidores em função do aumento expressivo do PLD, principalmente no segundo semestre, ante o mesmo período de 2016.
Segundo avaliação da EDP, esses indicadores “refletem a recuperação gradativa da atividade econômica no país ao longo do ano, com destaque para o último trimestre. Na demanda, destaca-se o aumento do consumo das famílias, impulsionado pela queda da inflação e redução da taxa de juros. A indústria nacional demonstrou sinais de recuperação, com o avanço da produção industrial de 2,3% de janeiro a novembro de 2017 e de 4,3%, de setembro a novembro de 2017”.
No segmento de geração, a EDP reportou que o volume de energia vendida das usinas hídricas, conforme critério de consolidação, somou 7.065 GWh no ano, queda de 6,4%. Essa performance deve-se ao menor volume de energia contratada de Enerpeixe e Energest, compensado pelo aumento de energia vendida na EDP PCH. No trimestre, o volume reduziu 1,1%, decorrente dos efeitos do cenário hidrológico. No ano, o GSF médio foi de 81,5%, o que levou a uma exposição de 1.517 GWh que valorado ao PLD médio de R$ 323,04/MWh no SE/CO e o índice do trimestre foi de 69,7%, exposição de 609 GWh ao PLD médio de R$ 398,02/MWh.
Os ativos não consolidados pela empresa apresentaram volume de energia vendida de 1.422 GWh (885 GWh na UHE Jari e 537 GWh na UHE Cachoeira Caldeirão), aumento de 13,1%, decorrente do maior volume de energia contratada desta segunda usina. No trimestre, o volume de energia vendida foi de 348 GWh, redução de 7%, decorrente do menor volume de energia contratada de ambas usinas.
A EDP lembrou ainda que reforçou a estratégia de proteção do portfólio aos impactos causados pelos altos preços de energia no Mercado Livre para as geradoras, aumentando a energia descontratada de seu portfólio, resultando em uma posição descontratada final do ano de 18%, um aumento de 9 pontos percentuais em relação ao início do ano.
Em termos de geração térmica o volume anual atingiu 5.387 GWh, redução de 0,3%, quando comparado a 2016 devido ao maior número de horas do ano de 2016. No trimestre, o volume de energia vendida de Pecém se manteve estável.
O segmento de comercialização, conforme revelado na última semana pela Agência CanalEnergia, apresentou volumes crescentes de negócios, com recordes mensais sendo alcançados mês após mês. A Comercializadora, explicou a EDP, operou como um instrumento de gestão do portfólio energético da companhia, atuando em conjunto com as geradoras nas transações de compra e venda de energia, contando com suporte ativo da área regulatória no planejamento estratégico. A EDP destacou que 74,3% das operações de compra da divisão foram efetuadas com clientes fora do grupo.
O volume de energia comercializada totalizou 17.804 GWh no ano e 5.825 GWh no 4T17, aumento de 37,2% e de 45,0%, respectivamente. Esse desempenho deve-se à volatilidade dos preços de mercado que variaram entre R$ 121,4/MWh e R$ 533,8/MWh, associada a alta liquidez do mercado beneficiando operações de tomada de posição long e short, da maior alocação de energia dos agentes para o segundo semestre, o que gerou aumento da liquidez de curto prazo, e ainda, conforme explicou o diretor de comercialização e gestão de clientes da EDP, Pedro Kurbhi, maior volume de energia disponível no mercado, proveniente das descontratações de energia das distribuidoras através do MCSD ou acordos bilaterais, bem como o aumento no volume de energia vendida para os novos consumidores livres, reflexo das migrações