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Conhecida por sua história de sucesso na fabricação de nobreaks, a NHS agora está de olho em um mercado em crescimento exponencial: o da geração solar distribuída. Em dezembro de 2014, haviam 248 conexões do tipo no Brasil. Atualmente são mais de 20 mil sistemas instalados, com a maior parte formada por sistemas fotovoltaicos. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estima que em 2024 serão 886,7 mil sistemas instalados no país, a maior parte de uso residencial.
“O nobreak, tecnicamente falando, é um inversor de corrente contínua para alternada, que é o mesmo princípio do inversor utilizado na geração distribuída”, explicou o engenheiro eletricista Francisco Pugnaloni, especialista técnico comercial da NHS.”Como fabricantes de nobreaks há bastante tempo, a gente se sente muito confortável para começar a usar a nossa tecnologia mais avançada em inversores para geração de energia.”
O sobrenome Pugnaloni é conhecido no setor elétrico. Francisco é filho de Ivo Pugnaloni, diretor presidente do grupo Enercons e fundador da Associação Brasileira de Fomento às Pequenas Centrais Hidrelétricas e CGHs (Abrapch).
Inicialmente, a NHS pretendia atuar apenas no segmento de inversores, porém, para aproveitar benefícios fiscais (como isenção de ICMS e IPI), a empresa estruturou o negócio para comercializar também kits completos, composto por inversor, caixa de proteção de corrente (String box), cabos, ferragens e módulos fabricados pela Canadian Solar. Apenas o módulo não é desenvolvido pela NHS. Os kits são oferecidos em três potencias: 1,5 kW, 3 kW e 5 kW, porém os equipamentos também são vendidos separadamente.
Segundo Pugnaloni, os seus clientes são as empresas de instalação, conhecidos no mercado como integradores. “Não fazemos as instalações, somos fabricantes”, enfatizou. O foco está em oferecer produtos que possam ser utilizados em residências e comércios. “A gente enxerga como um mercado muito importante, pois é o mercado que mais fácil se compensa (payback).”
A meta da NHS é atingir 5% do mercado de geração solar distribuída em 2018, o que representará um faturamento anual de R$ 9 milhões, informou o engenheiro.
A NHS está há dois anos desenvolvendo seu modelo de negócio para o setor de geração distribuída. Nesse período, a empresa procurou mapear as falhas de mercado. De acordo com Michele Alvino, coordenadora de Marketing da empresa, foram estudadas questões desde melhorias de engenharia até aspetos relacionados a estética dos inversores.
O grande diferencial da empresa, contou ela, está no atendimento comercial e na parceria em que se dá a relação com os integradores. A NHS tem um laboratório para dar treinamento aos seus clientes, apoia nas ações de marketing e presta consultoria no design dos projetos.
“É quase um projeto incubatório. Trazemos o integrador para dentro, promovemos treinamento para que eles entendam como funciona a instalação. Temos um telhado que foi feito para que eles possam ter esse treinamento o mais prático possível”, disse Michele.
Para este ano, a empresa promete novidades. Segundo diretor de marketing e comercial da NHS, Ronaldo Paiva, a empresa disponibilizará ao mercado os primeiros modelos de inversores solares híbridos. O equipamento, junto ao sistema fotovoltaico e baterias, vai possibilitar ao consumidor a geração e o armazenamento de energia para o consumo no período noturno.
“Existe uma grande expectativa do mercado para este novo produto, previsto para meados do início do próximo ano. Além de garantir autonomia de energia no período da noite, mesmo sem o fornecimento da concessionária, o sistema vai reduzir significativamente os gastos com energia”, disse Paiva.
Pugnaloni explicou que os equipamentos já estão prontos e passam pelo cronograma de testes. A previsão é disponibilizar os equipamentos até meados de ano. A empresa aguarda a publicação de uma portaria pelo Inmetro para regulamentar o teste de ensaio e a certificação dos equipamentos.