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A Claro Brasil decidiu mergulhar fundo na geração distribuída. A empresa de telecomunicações que abriga as marcas Claro, Net e Embratel lançou o programa A Energia da Claro, que além de ações de sustentabilidade em todo o Brasil também a insere na microgeração por fontes limpas. O programa é o maior de um agente privado para GD e pioneiro na área de telecomunicações no Brasil. Os sistemas de GD contemplarão as fontes solar, eólica, hídrica, biogás e de cogeração qualificada. Por ano, haverá uma redução de mais de 100 mil toneladas métricas de CO2.

A empresa tem de mais de 40 mil unidades consumidoras na baixa tensão – entre torres, antenas e a infraestrutura – que atendem mais de 85 milhões de pessoas. A meta da Claro é obter uma redução de 30% nos custos com energia e que até o fim de 2018 o programa alcance 80% das unidades. Os custos variam de R$ 800 milhões a R$ 1 bilhão por ano. O programa A Energia da Claro também prevê ações de eficiência energética, como a adoção de sistemas de automatização, uso demais de 90 mil lâmpadas de LED e investimentos em mobilidade elétrica. No Rio de Janeiro, há um projeto-piloto em que técnicos usam bicicletas elétricas e em São Paulo, o uso de veículos elétricos está em fase de testes.

De acordo com João Pedro Correa Neves, diretor de suporte financeiro de negócios da Claro Brasil, o custo de energia é um aspecto muito importante para a empresa, já que a rede deve funcionar 24 horas por dia e representam cerca de 5% dos custos da operação. “Não podemos conviver com oscilações da energia, com o preço subindo”, explica. Com a média tensão já no ambiente livre, a partir do momento que a Agência Nacional de Energia Elétrica, regulamentou a GD, a Claro começou a estudar a sua migração. Neves destaca a importância do marco regulatório na tomada de decisão da gigante de telecomunicações. “A estabilidade é fundamental para nós. Acabamos fazendo um projeto grande, que vai puxar outras empresas para o mercado”, avisa.

O consumo anual a baixa tensa da Claro é superior a 750 GWh/ ano, o equivalente a ao consumo 250 mil casas. Há a aposta da Claro que a GD no Brasil vá crescer substancialmente nos próximos anos, já que ela é consolidada na Europa e nos Estados Unidos e tem o apelo da sustentabilidade. Para esse êxito, o diretor da Claro pede atuação firme da Aneel na regulação, de modo que não haja nenhum tipo de retrocesso na regulação.

A escolha pelo mix de fontes teve razão nos custos, já que os seus preços variam de acordo com as regiões do país. Em novembro do ano passado, a Claro inaugurou o seu primeiro complexo de usinas, nas cidades mineiras de Várzea de Palmas e Buritizeiro. Em 2018 está prevista a inauguração de mais 20 usinas solares; quatro eólicas, seis de biogás e três de cogeração. Ainda ao longo deste ano, as CGHs se incorporam ao programa. No caso dos sistemas de GD solares, serão adotados modelos de mini usinas, mas há estudos para que os tetos das instalações da empresa também possam abrigar sistemas.

Neves acredita que o programa de energia da Claro vai fazer com que os outros players do setor de telecomunicações também comecem a aderir à GD. Segundo ele, elas estão analisando a entrada. “Sei que quando saiu tudo isso eles começaram a se movimentar”, observa. A holding também viu com bons olhos a iniciativa do programa, que a confere uma estabilidade grande. “É importante ter a previsibilidade e poder fazer a análise de investimento em uma empresa de capital intensivo como a Claro”, revela.