O consumo em janeiro no Sistema Interligado Nacional (SIN) alcançou 62.397 MW médios, montante 0,9% inferior quando comparado ao consumo no mesmo período de 2017. A queda no consumo de energia elétrica no início de 2018 é reflexo de temperaturas inferiores às registradas no mesmo período do ano passado, explico a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Os dados são preliminares e refletem medição coletada entre os dias 1º e 23 de janeiro.

O consumo no mercado regulado caiu 3% para 44.695 MW médios, índice que considera a migração de consumidores para o mercado livre. Sem esse efeito na análise, a queda no consumo de energia seria de apenas 0,7%. O consumo no ambiente de contratação livre apresenta elevação de 4,7%, número que incorpora o impacto das novas cargas vindas do ACR. Quando esse movimento é desconsiderado na análise, o ACL teria queda de 1,1% no consumo.

Já dentre os ramos da indústria avaliados pela CCEE, incluindo dados de autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, os setores de veículos (+8,3%), têxtil (+7,5%) e de saneamento (+4,2%) registram aumento no consumo, mesmo sem o impacto da migração na análise. Os maiores índices de retração, no mesmo cenário sem migração, pertencem aos segmentos de comércio (-5,6%), químico (-5,6%) e de transporte (-4,6%).

A geração de energia no SIN, em janeiro, somou 65.338 MW médios, queda de 0,6%, em relação ao mesmo período de 2017. A geração térmica e eólica, na mesma comparação, foram 6,1% e 28,3% superiores, respectivamente. As usinas hidráulicas, incluindo as PCHs, apresentaram queda de 4,2% na energia produzida ao longo do primeiro mês do ano.

A CCEE também apresentou estimativa da produção das hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia (MRE), em janeiro, equivalente a 107,7% de suas garantias físicas, ou 49.943 MW médios em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, o percentual é de 91,6%.