As cooperativas que utilizam geração distribuída somam 5,5 MWp de geração, abastecendo mais de 150 unidades consumidoras e proporcionando uma economia de R$ 7 milhões para os cooperados. Em 2017, foram implantadas 31 novas conexões, mais do que o dobro registrado nos cinco anos anteriores, período em que 25 cooperativas instalaram os sistemas. Com os resultados, a expectativa da Organização das Cooperativas Brasileiras é de chegar ao fim de 2018 com o registro de mais de 120 cooperativas com GD, esperando em torno de 60 a 70 novas instalações, que beneficiarão suas produções e seus cooperados.

De acordo com o analista técnico e financeiro do Sistema OCB, Marco Olívio Morato de Oliveira, hoje mais de 6,5 mil cooperativas compõem o sistema OCB, e é com esse universo que se trabalha para a disseminação da GD. Ele quer que as cooperativas vejam isso como uma opção para o negócio, que traz benefícios para os cooperados. O compartilhamento de estruturas, a gestão democrática e a divisão igualitária para o cooperado são os pilares que constituem esse modelo de negócio e o fazem tão atrativo como atividade econômica, com uma participação cada vez mais crescente em seus 13 ramos de negócio.

Das 56 cooperativas que adotaram a geração distribuída, mais de 90% utilizam sistemas fotovoltaicos. Mas também há uma tendência por novas fontes de geração, considerando o melhor aproveitamento regional. Assim, há duas cooperativas que possuem termelétricas a biogás – que aproveitam o dejeto animal e mitigam o passivo ambiental, transformando-o em ativo econômico -, e três centrais hidrelétricas. O estado com o maior número de cooperativas com geração distribuída é o de Santa Catarina, com 14 usinas, seguido pelo Rio Grande do Sul, com oito, e empatados com seis, Minas Gerais, Paraná e São Paulo.