O mercado de geração solar distribuída no Brasil alcançou o faturamento de R$ 1,47 bilhão em 2017, segundo pesquisa realizada pela consultoria especializada no setor fotovoltaico Greener. O volume de negócios ultrapassou 297 MWp no último ano, contra 82,9 MWp em 2016.
Segundo a pesquisa divulgada nesta semana, a econômica de energia (82,3%) lidera como principal motivação de compra dos sistemas por parte dos clientes, seguido de investimento (11,6%) e sustentabilidade (4,6%). Atualmente, há 2.741 empresas integradoras (em 2016 eram 1.500). Essas empresas são responsáveis pela comercialização e instalação dos sistemas de geração de energia elétrica em residências e comércios.
Do total de equipamentos comercializados em 2017, 35,16% foram importados. Ainda segundo a pesquisa, os preços dos kits tiveram uma quebra na tendência de queda dos últimos semestres, aumentando em +10,04% o seu preço médio. Isso se deve, principalmente, a um aumento médio de +16,82% no preço dos módulos no último semestre.
Por outro lado, os preços ao cliente final caíram 4,75% nos últimos 6 meses, uma vez que as empresas integradoras espremeram suas margens de lucro. “Devido a entrada de muitas novas empresas é natural que elas forcem o mercado abaixo de seus preços a fim de conseguir efetuar seus primeiros projetos. Ressalta-se para a insustentabilidade de uma empresa com preços muito baixos, isso deprecia o mercado e o torna insustentável”, diz a Greener.
Em um acumulado de um ano e meio (desde jun/2016) o custo de integração reduziu em mais de 50%. Isso se deve, entre outros motivos, a uma melhor eficiência do integrador, redução da margem líquida, além de uma maior compreensão do preço praticado no mercado.
A pesquisa de mercado contou com a participação de 552 empresas integradoras no período de 29 de novembro de 2017 a 2 de janeiro de 2018. A pesquisa contou com amostragem de empresas de todo do país, todos os portes e idades. De acordo com a Greener, houve o aproveitamento de 51,3% das respostas.
“Nossa pesquisa foi capaz de alcançar 20,90% de penetração do mercado nacional de Integração e com isso obtivemos 10,72% de penetração com os dados validados”, diz a consultoria.