Segundo os dados preliminares de medição coletados entre os dias 1º e 31 de janeiro, foi registrado uma redução de 0,7% no consumo e de 0,2% na geração de energia elétrica no país, em comparação com o mesmo período de 2017. As informações constam na mais no boletim InfoMercado Semanal Dinâmico, da CCEE, que fornece dados prévios de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais.

O consumo no SIN somou 62.925 MW médios em janeiro, montante de energia 0,7% inferior ao consumido no primeiro mês do ano passado. A queda no consumo é explicada pelas temperaturas inferiores às registradas no mesmo período do ano passado.

No Ambiente de Contratação Regulado – ACR (cativo), houve retração de 2,9% no consumo, índice que leva em conta a migração de consumidores para o mercado livre (ACL). A queda no consumo de energia seria de 0,6%, caso o efeito das migrações fosse desconsiderado.

Já o consumo no Ambiente de Contratação Livre – ACL subiu 5%, índice que considera o efeito das novas cargas vindas do ACR.  Quando esse movimento é descartado na análise, o ACL teria queda de 0,7% no consumo.

Dentre os ramos da indústria analisados pela Câmara, que incluem dados de autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, os setores de veículos, têxtil e de saneamento registram aumento no consumo, com 8,2%, 5,1% e 4,1% respectivamente, mesmo sem o impacto da migração na análise. Os maiores índices de retração, no mesmo cenário sem migração, pertencem aos segmentos de serviços, químico e de transportes, com -15,4%, -6,9% e -6,6%, respectivamente.

A análise da geração de energia no Sistema, por sua vez, aponta que em janeiro somou 66.066 MW médios, diminuição de 0,2%, frente a janeiro de 2017. As gerações térmica e eólica cresceram, com 8,8% e 15,9%, enquanto a produção das usinas hidráulicas, incluindo as Pequenas Centrais Hidrelétricas, registrou queda de 3,2% ao longo do primeiro mês do ano.

O boletim também apresenta estimativa da produção das usinas hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia – MRE, em fevereiro, equivalente a 106,9% de suas garantias físicas, ou 49.626 MW médios em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, o percentual é de 90,85%.