A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) rejeitou o preço de R$ 12,20 por ação proposto pela controladora State Grid na Oferta Pública de Aquisição (OPA) da CPFL Renováveis. Pelos cálculos do órgão, o preço mínimo justo a ser oferecido aos acionistas nesta operação deveria ser de R$ 16,69 por título, segundo fato relevante divulgado nesta terça-feira, 21 de fevereiro.
A OPA por alienação de controle foi oferecida aos acionistas da CPFL Renováveis após a chinesa State Grid assumir o controle da holding CPFL Energia. O preço oferecido, contudo, foi questionado pelos acionistas minoritários da Renováveis. Eles argumentam que o valor oferecido pelos chines estaria abaixo do valor justo.
Para a CVM, o laudo elaborado pelo Banco Fator para definição do preço da OPA contém premissas que não são consideradas razoáveis.
” Com base em tais resultados, concluímos que o preço por ação resultante da Demonstração Justificada de Preço para CPFL Renováveis (R$ 12,20) não encontra respaldo em nenhum dos preços encontrados com a aplicação dos critérios acima adotados. Desse modo, dentro de uma razoabilidade, entendemos que o preço que garantiria ao acionista minoritário da Companhia tratamento igualitário àquele dispensado ao antigo controlador no âmbito da alienação de controle em questão seria, no mínimo, igual ao menor dos valores oriundos dos referidos critérios, que, no caso, refere-se aos preços-alvo divulgados em relatórios elaborados por analistas de mercado que avaliaram as duas companhias anteriormente à transação (R$ 16,69)”, diz a CVM.
Em nota, a CPFL Renováveis informou que tomou conhecimento da decisão da CVM. “A companhia comunica que também recebeu da ofertante, State Grid Brazil Power Participações, informação de que recorrerá da decisão.”