O Brasil atingiu nesta semana a marca de 13 GWs de capacidade instalada de energia eólica, com 518 parques eólicos e mais de 6.600 aerogeradores operando. Os dados são da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), que informa, ainda, que o montante gerado pelas eólicas já é equivalente ao consumo médio de cerca de 24 milhões de residências por mês. Os 13 GWs de capacidade instalada de energia eólica ainda significam que o setor já gerou mais de 195 mil postos de trabalho desde seu início, com grande concentração nos últimos oito anos.

“Esta é uma marca muito significativa, é importante comemorar, mas sem jamais perder nossa visão de futuro. Em construção ou já contratados há mais 4,8 GWs, divididos em 213 parques eólicos que serão entregues ao longo dos próximos anos, até 2023, levando o setor para próximo da marca de 19 GW. Isso significa que, em breve, toda a capacidade eólica instalada será maior que Itaipu, nossa maior hidrelétrica, que tem 14 GWs de capacidade instalada. Vale lembrar, ainda, que esses 4,8 GWs que ainda vamos instalar já foram contratados em leilões realizados. Com novos leilões esse valor ainda vai crescer e passaremos dos 20 GWs”, diz Elbia Gannoum, presidente executiva da ABEEólica.

Outro dado novo do setor, divulgado nesta semana, veio da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), que revelou um crescimento de 26,5% da geração de energia eólica em operação comercial no Sistema Interligado Nacional (SIN), em 2017, na comparação com 2016. “Esse dado de crescimento da geração reflete o que vimos ao longo de 2017, já que chegamos a abastecer 10% do País em agosto e 11% em setembro, passando pela primeira vez aos dois dígitos na matriz nacional num mês. Além disso, chegamos a abastecer mais de 60% do Nordeste em vários momentos, na época que chamamos de “safra dos ventos”, que vai mais ou menos de junho a novembro”, explica Elbia.

De acordo com comunicado da CCEE, “as usinas movidas pela força do vento somaram 4.619 MW médios entregues ao longo do ano passado frente aos 3.651 MW médios gerados no mesmo período de 2016. A representatividade da fonte eólica em relação a toda energia gerada no período pelas usinas do Sistema alcançou 7,4% em 2017”.

“O mês de fevereiro veio de fato com notícias importantes para o setor: além de termos atingido os 13 GWs, com crescimento de geração de 26,5%, o Global Wind Energy Council (GWEC) anunciou o novo Ranking Mundial de Capacidade Instalada de Energia Eólica e o Brasil subiu mais uma posição chegando a 8º lugar. Em 2012, nós éramos o 15º País do Ranking, com pouco mais de 2,5 GWs instalado, nem figurávamos entre os dez mais. Desde então, estamos subindo de maneira consistente e ainda há espaço para subir mais um pouco”, analisa Elbia.