A Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) lança na próxima sexta-feira, 23 de fevereiro, em Florianópolis, a segunda etapa do Programa Indústria Solar, uma iniciativa que busca popularizar o uso da energia solar na região. A iniciativa conta com o apoio das empresas Engie, WEG, Celesc e das instituições financeiras Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e Cooperativa Central de Crédito Urbano (CECRED).
A segunda etapa do programa estenderá às pequenas e médias indústrias catarinenses as facilidades para aquisição de sistemas fotovoltaicos que na primeira etapa eram destinadas aos sistemas residenciais. “A iniciativa trará muitos benefícios para a nossa indústria, como maior sustentabilidade e proteção aos reajustes no preço da energia”, diz o presidente da Fiesc, Glauco José Côrte.
Serão três modelos de geradores ofertados às indústrias catarinenses com preços diferenciados e condições especiais de financiamento que tornam o investimento autofinanciável, já que o valor economizado na fatura da energia elétrica poderá ser próximo ao da parcela do financiamento dos sistemas fotovoltaicos adquiridos por meio do programa.
Os cálculos das ofertas do programa foram feitos de maneira a equacionar os valores. Assim, o valor economizado na fatura da energia elétrica servirá para pagar a parcela do financiamento, caso o empresário opte pelo parcelamento, livrando a empresa de ter que mexer no seu fluxo de caixa e tornando o investimento autofinanciável, explica Rodolfo de Sousa Pinto, presidente da Engie Geração Solar Distribuída.
“A conta de luz tem um impacto significativo nos custos de uma indústria de pequeno e médio porte e a economia gerada através dessa mudança de matriz energética pode impulsionar os negócios. Além disso, a energia solar é uma energia limpa e inesgotável. Esse é um investimento que vale a pena por diversos aspectos”, afirma João Paulo Gualberto da Silva, diretor de Novas Energias da WEG.
PRIMEIRA FASE
A primeira fase do Programa Indústria Solar, lançado em 20 novembro de 2017, recebeu mais de 1250 inscrições em três meses. Projeto-piloto do programa, a primeira etapa teve as ofertas de sistemas residenciais direcionadas exclusivamente aos cerca de 40 mil colaboradores das empresas e entidades participantes.
Para as pessoas físicas, o programa oferece duas opções de sistemas residenciais ao custo de R$ 10.428 (potência de 1,95 kWp) ou R$ 16.338 (potência de 3,25 kWp) que podem ser pagos a vista ou financiados em 60 vezes. A partir desta segunda fase, a oferta de sistemas residenciais poderá ser aberta aos colaboradores das indústrias que aderirem ao programa e optarem por estender essa opção também aos seus funcionários por meio de convênio.
O prazo de retorno do investimento nos sistemas residenciais do Programa Indústria Solar é estimado em até cinco anos. Após este período, a conta mensal de energia elétrica das residências poderá ser reduzida à taxa mínima cobrada pela concessionária.