A Light, concessionária de energia do estado do Rio de Janeiro, conseguiu reduzir o tempo de interrupção do fornecimento em 15% com a adoção da solução de self-heading, desenvolvido pela Schneider Electric. O sistema automático para religadores (self-heading) isola falhas e garante agilidade e eficiência na rede de distribuição, contribuindo para melhorar a qualidade de fornecimento de energia para os clientes, além de diminuir o impacto financeiro com a compensação por violação de indicadores individuais.

Segundo a Schneider, a solução assegura transferência de carga entre circuitos, possibilitando a autoconfiguração topológica deles, sem a necessidade de intervenção humana. Essa tecnologia é uma evolução da inteligência dos próprios religadores, permitindo que os problemas decorrentes das faltas sejam isolados rapidamente por meio da interação entre os equipamentos que compõem os esquemas.

“A Light está sempre em busca da implementação de novas tecnologias de forma a dar saltos de melhoria na qualidade em seu fornecimento de energia, a fim de atender às exigências dos clientes e dos órgãos reguladores”, destaca André Barata, superintendente de Distribuição.

O self-healing é uma solução do EcoStruxure Grid, da Schneider Electric, arquitetura de sistemas e plataforma aberta e interoperável para IoT (Internet das Coisas). “Em constante expansão e com requisitos de operação cada vez mais rigorosos, o sistema elétrico requer soluções que aumentem sua confiabilidade. O uso de novas tecnologias, como self-healing, garante melhor continuidade da distribuição de energia, melhorando a qualidade de prestação de serviço da companhia e atendendo aos indicadores de qualidade exigidos pela Aneel”, explica Marcel Araújo, gerente de Serviços da Schneider Electric.

A Schneider tem parceria com a Light desde 2015, quando foram implementados dois projetos pilotos de self-healing. Com os resultados positivos, a companhia ampliou a implementação da solução para toda sua área de concessão, visando atuar em mais de 200 religadores e chaves. Desde a implementação dos projetos pilotos, a empresa contabiliza uma redução média de 15% no tempo das interrupções – o que representa menos cerca de 30 minutos a cada ocorrência. Nos próximos anos, a expectativa é que a redução chegue a 30%. Com isso, a empresa teve uma baixa de compensação financeira em torno de 40%, decorrente da menor quantidade de clientes impactados nas ocorrências.

A empresa possui 27 esquemas de self-healing, utilizando 89 religadores da Schneider Electric distribuídos estrategicamente por toda sua área de concessão. São eles que permitem restringir os impactos negativos gerados pelas interrupções na média tensão. Além dos religadores, o projeto inclui uma solução que atribui inteligência aos equipamentos, fazendo com que eles se comuniquem com a central e coletem dados sobre o comportamento dos disjuntores de saída dos alimentadores das subestações. Assim, é possível minimizar os tempos de atuação para reparo de rede.

Para o sucesso do projeto, o maior desafio foi definir corretamente quais circuitos deveriam receber essa solução. Levou-se em consideração a capacidade de transferência de cargas entre os alimentadores, deixando o sistema preparado para que, em casos de falta de energia, fossem possíveis a transferência de cargas e o isolamento do trecho com problema.