O consumo de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional (SIN) em fevereiro atingiu 61.920 MW médios, montante 4,9% inferior quando comparado ao consumo no mesmo período de 2017, informou a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), em nota divulgada nesta quinta-feira, 22. Os dados são preliminares e foram coletados entre os dias 1º e 20 de fevereiro.

Segundo a CCEE, a queda nos índices de consumo tem influência do Carnaval nos primeiros dias de 2018, visto que o feriado aconteceu no fim de fevereiro no ano passado.

No mercado cativo, o consumo caiu 7,7% e passou de 47.143 MW médios para 43.530 MW médios, índice que considera a migração de consumidores para o mercado livre (ACL). Sem esse efeito na análise, a queda no consumo de energia seria de 5,7%. O consumo no ambiente livre, no qual as empresas compram energia diretamente dos fornecedores, houve elevação de 2,4%, número que incorpora o impacto das novas cargas vindas do ACR. Quando esse movimento é desconsiderado na análise, o ACL teria queda de 2,4% no consumo.

Já dentre os ramos da indústria avaliados pela CCEE, incluindo dados de autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, os setores de extração de minerais metálicos (+9,3%), metalurgia e produtos de metal (+4,7%) e de saneamento (+0,7%) registram aumento no consumo, mesmo sem o impacto da migração na análise. Os maiores índices de retração, no mesmo cenário sem migração, pertencem aos segmentos de bebidas (-10,4%), serviços (-9,6%) e químico (-9,5%).

A geração de energia no SIN, em fevereiro, somou 65.410 MW médios, queda de 4,2%, em relação ao mesmo período de 2017. A geração térmica cresceu 9%, a eólica ficou estável (+0,2%) e a produção das usinas hidráulicas, incluindo as Pequenas Centrais Hidrelétricas, caiu 6,7% no período.

A CCEE também apresenta estimativa da produção das usinas hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia (MRE), em fevereiro, equivalente a 112,9% de suas garantias físicas, ou 51.492 MW médios em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, o percentual é de 93,8%.