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O decreto assinado pelo presidente Michel Temer que possibilitou a renovação de outorga da Cesp pode despertar o interesse da Engie na privatização da estatal paulista. De acordo com o CEO da Engie, Eduardo Sattamini, essa mudança de status melhora bastante as condições, embora ele ainda prefira aguardar o lançamento do edital com as condições para se posicionar. “Tem que esperar a documentação, quando isso for emitido a gente vai avaliar”, revelou em conferência a analistas nesta sexta-feira, 23 de fevereiro.
Na transmissão de energia, em que a empresa estreou no ano passado, ela quer a antecipação do início da operação com investimento inferior ao projetado pelo órgão regulador. A localização do empreendimento, próximo as UHEs Salto Santiago e Salto Osório, trazem sinergia com ativos da região. Com boa capacidade financeira, a empresa deve continuar em 2018 a expansão nesse segmento. A Siemens já foi escolhida como fornecedora de equipamentos dos lotes arrematados. Segundo Sattamini, a Agência Nacional de Energia Elétrica não deve definir o custo mínimo de um projeto de LT e sim o mercado é quem deve definir isso. “Ela tem que deixar com que competição faça com que a RAP caia. Isso é a maneira de deixar a competição acontecer”, aponta.
A Engie tem vários projetos em construção, como a UTE Pampa Sul (RS – 345 MW), em que já foram concluídas as obras civis da chaminé e as operações de logística para o transporte e posicionamento da turbina e do gerador. Com progresso de 77%, as obras da correia transportadora de carvão e a barragem estão próximas do fim. O teste hidrostático da caldeira deve ocorrer no mês de maio. A termelétrica carvão começa a operar no primeiro trimestre de 2019.
Na área de renováveis está a fase 1 do complexo eólico Campo Largo, nas cidades de Sento Sé e Umburanas. Três dos 11 parques iniciaram as obras. No fim de 2017, tiveram início as atividades de terraplenagem, pavimentação dos acessos internos e concretagem de todas as fundações dos 121 aerogeradores. O início da operação está marcado para o segundo trimestre de 2018. Outro complexo eólico em construção é o de Umburanas (360 MW – BA). Da potência total, 257,5 MW serão destinados ao mercado livre com alto nível de contratação em médio e longo prazos e 102,5 MW foram comercializados no Leilão A-5/2014. As obras civis começaram no fim do ano e o licenciamento ambiental está regularizado. O parque deve iniciar a operação a partir de janeiro de 2019.