A AES Tietê registrou queda de 16,8% no lucro líquido de 2017, para R$ 298,3 milhões, ante R$ 358,5 milhões no ano anterior. O ebtida da geradora subiu 3,2% no ano passado para R$ 831 milhões. Segundo a empresa, o resultado reflete a estratégia de gestão do risco hidrológico e a estratégia de longo prazo por meio da diversificação do portfólio.
A empresa afirma que conseguiu evitar um custo total de R$ 455 milhões em 2017 em risco hidrológico. Deste montante, R$ 188 milhões são provenientes da estratégia de curto prazo, resultado da descontratação de energia no mercado regulado atingindo nível de 78% aliado ao reconhecimento de oportunidades de compra no mercado de curto prazo. A estratégia de médio prazo contribuiu com R$ 267 milhões, ao iniciar 2017 com parcela da energia hídrica descontratada, ficando com nível de contratação de 88%.
O lucro, por sua vez, foi acertado pelo aumento do ebtida e da dívida pela entrada do complexo eólico Alto Sertão II. A dívida líquida cresceu 174,5% para R$ 2,385 bilhões. A geração de caixa operacional da empresa caiu 14,6% para R$ 974 milhões no ano passado.
A AES Tietê obteve receita bruta de R$ 1,945 bilhão, o que equivale a 10,4% de alta frente a 2016. A receita líquida, por sua vez, cresceu 10,7% para R$ 1,728 bilhão, entre 2016 e 2017.
A empresa gerou 12.148,5 GWh, o que corresponde a queda de 7,3% frente ao ano anterior. O preço médio da energia aumentou 9,5% para R$ 160,71/MWh. Os investimentos caíram 2,1% para R$ 98,9 milhões. A administração da companhia vai propor à Assembleia Geral a distribuição de R$ 47,7 milhões de dividendos complementares referentes ao exercício social de 2017, totalizando uma distribuição de R$ 337,5 milhões.