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A AES Tietê Energia ainda não abriu mão de entrar em projetos que poderão ser negociados nos dois leilões de energia nova deste ano, o A-4 e A-6. O presidente executivo da geradora, Ítalo Freitas, afirmou em teleconferência na última quarta-feira, 28 de fevereiro, que a companhia não tem projetos para a disputa neste ano, mas que estão monitorando os empreendimentos e que podem entrar no capital desses projetos depois de negociados nos certames por meio de aquisições.
“Estamos monitorando o que teremos no A-4 e A-6, esses leilões serão bastante competitivos, no A-4 quando falamos em renováveis e no A-6 com projetos de usinas a gás que são basicamente no Nordeste”, analisou. “Não temos projetos para entrar nesses leilões, mas isso não significa que não podemos entrar depois ao analisar oportunidades”, acrescentou ele.
Mesmo com os últimos os investimentos, que somente no ano passado acrescentaram 686 MW em capacidade instalada no portfólio da companhia ainda há a necessidade de a geradora adicionar mais projetos para honrar o compromisso assinado à época da privatização que é de aumentar a capacidade de seu parque gerador. Ainda há necessidade, mas os executivos da empresa vêm falando que estão próximos desse objetivo.
Julian Nebreda, CEO da AES Brasil e membro do conselho de Administração da geradora, afirmou que ainda há ativos à venda no mercado, inclusive greenfield, em solar e que no geral há boas oportunidades de consolidar ativos no segmento eólico e solar. Ele classificou ainda o ano de 2017 como de transformação para a geradora do grupo AES Brasil, resultado das aquisições dos projetos Alto Sertão II na Bahia e os complexos solares de Boa Hora e Guaimbé, bem como a viabilização do projeto solar de Água Vermelha, no último A-4.
Esses projetos, comentou ele na teleconferência, representou uma diversificação no portfolio da empresa com fontes complementares que mitigaram o risco e deram maior previsibilidade com contratos de longo prazo no ACR. Ele lembrou ainda que a companhia tem a estratégia de chegar a 2020 com o objetivo de ter 50% do resultado ebitda (antes de juros, impostos, depreciação e amortização) originado de fontes não hídricas.
A empresa encerrou o ano com um custo evitado de R$ 560 milhões ao longo de 2017 em decorrência da gestão do portfólio, sendo R$ 188 milhões pela gestão ao longo do ano, outros R$ 267 milhões com a venda de energia no mercado livre e R$ 105 milhões com o complexo Alto Sertão II, isso, contando apenas no período de agosto a dezembro.
Outro destaque foi o nível de contratação de energia para o ano no sentido de mitigar os efeitos do GSF. A empresa encerrou o ano com um índice de contratos de 78% em 2017 ante um déficit de geração hídrica de 79%, o que segundo Freitas levou a um pequeno impacto sobre a empresa.
Para este ano a companhia está com um nível de 79% da energia assegurada contratada, esse indicador recua para 75% em 2019, 67% em 2020 e apenas 31% em 2021. E essa estratégia, apontou a companhia, pode estar dando os primeiros resultados positivos já que é possível observar a retomada de preços com clientes que antes deixavam posições em aberto, já começarem a procurar energia para o período de 2020 e 2021.