A quarta  revisão tarifária da Cemig pode levar a um aumento médio de 25,87% nas tarifas da concessionária. Os índices definidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica representam impacto médio de 34,41% para os consumidores atendidos em alta tensão e de 22,73% para os clientes do segmento de baixa tensão. A diferença entre os consumidores de alta e de baixa tensão é explicada pelo aumento do custo da Conta de Desenvolvimento Energético, que teve impacto maior para os consumidores livres e cativos do subgrupo A2.
Segundo a Aneel, esses consumidores são uma parcela representativa do mercado da empresa. O aumento da cota da CDE para 2018  contribuiu para um aumento do efeito médio de 2,53% na tarifa da Cemig. Em seu conjunto, os encargos setoriais impactaram a revisão em 3,86%. Os custos de  transmissão contribuíram com 1,38% e a compra de energia com 2,71%, em consequência do aumento do custo unitário da energia das usinas em regime de cotas, de Itaipu e dos contratos de energia nova por quantidade.
A Aneel considerou na tarifa da distribuidora um nível de perdas técnicas de 7,84%  sobre a energia injetada. Para as perdas comerciais sobre o mercado faturado foi estabelecida meta 7,63% como partida, e  6,39% ao final do ciclo. A proposta  de revisão ficará em audiência pública de 7 de março a 21 de abril, com reunião publica prevista para  26 de março em Belo Horizonte  (MG). Os índices finais serão aplicados  em 28 de maio. Também ficarão em audiência os limites dos indicadores de  qualidade DEC e FEC – que medem a duração e a frequência das interrupções no fornecimento de energia  – para o período de 2019 a 2023.