A Alupar fechou o ano de 2017 com crescimento de 6,5% em seu lucro líquido, passou de R$ 310,8 milhões para R$ 330,9 milhões. Já no período de outubro a dezembro, o resultado recuou 33,2%, para R$ 92,9 milhões quando comparado ao ano anterior. O resultado ebitda (antes de juros, impostos, depreciação e amortização) anual recuou 12% de acordo com o modelo contábil IFRS, para R$ 1,2 bilhão ante R$ 1,3 bilhão de 2016. Na base trimestral a queda ficou em 20%, para R$ 287,9 milhões. A margem ebitda nos 12 meses ficou em 78,1%, recuo de 9,7 pontos porcentuais ante o encerramento de 2016 e na base trimestral o índice ficou 23 p.p. menor, em 75,7%.
A Alupar explicou em seu release de resultados divulgado na noite da última quinta-feira, 8 de março, que o ebitda consolidado no quarto trimestre deve-se ao aumento de R$ 15,8 milhões na receita líquida ajustada, principalmente, em razão do crescimento de R$ 44,3 milhões na receita de suprimento de energia e da redução de R$ 20,5 milhões na receita do segmento de transmissão pela redução registrada na receita de remuneração do ativo da concessão. E ainda, do aumento de R$ 18,3 milhões na linha compra de energia, que totalizou de R$ 32,6 milhões no trimestre, ante os R$ 14,3 milhões registrados no mesmo período do ano anterior pela estratégia de sazonalização adotada para 2017 e o GSF do período entre outubro e dezembro.
Houve ainda a redução de R$ 9,2 milhões na conta administrativas e gerais, principalmente pela variação negativa de R$ 7,9 milhões na holding, que contabilizou uma despesa maior no mesmo trimestre do ano anterior, em razão da baixa de projetos que foram descontinuados e aumento de R$ 76,4 milhões na conta outras receitas/despesas, principalmente, pela redução de R$ 80,2 milhões na conta outras receitas, na Alupar Holding, que registrou uma receita extraordinária no quarto trimestre de 2016 em função da alienação da participação na transmissora Transchile, registrada em outubro daquele ano.
A receita líquida ajustada da companhia somou R$ 1,5 bilhão no ano de 2017, um leve recuo de 1,1% ante o apurado no final de 2016. No trimestre, essa linha do balanço da empresa encerrou a R$ 380,2 milhões, aumento de 4,3%. Esse aumento explicou a empresa, deve-se a reajuste dos contratos de venda de energia, os quais são indexados pela inflação, ganho com a venda da energia excedente, em decorrência da estratégia de sazonalização e aumento na receita bruta da PCH Morro Azul em relação ao 4º trimestre do ano anterior.
Os resultados da empresa pelo método contábil IFRS no segmento de transmissão fecharam o ano com lucro líquido praticamente estável, recuo de 0,1% na comparação entre 2016 e 2017 com R$ 686,3 milhões ante R$ 686,9 milhões apurados anteriormente. A receita líquida ajustada caiu 11,3%, para pouco mais de R$ 1 bilhão. O resultado ebitda desse segmento apresentou retração de 12,4%, para R$ 899,2 milhões com margem de 87,5% ante 88,6% no ano anterior. Considerando apenas o quarto trimestre esses indicadores foram de R$ 204,9 milhões, aumento de 22,7% no lucro, receita 0,9% mais elevada com R$ 253,4 milhões, ebitda de R$ 216 milhões, queda de 0,7% e margem de 85,2%, 1,5 p.p. menor ante o mesmo trimestre de 2016.
Já no segmento de geração o lucro líquido anual disparou 77,5%, passou de R$ 66,5 milhões para R$ 118,1 milhões. A receita líquida anual foi elevada em 21,8%, para R$ 535,2 milhões, enquanto o resultado ebitda alcançou R$ 355,1 milhões, aumento de 23%, levando a margem a 66,4%, elevação de 0,7 p.p. ante o encerramento de 2016. No período de outubro a dezembro esses indicadores ficaram em R$ 26,5 milhões de lucro, aumento de 27,5%, receita 45,1% mais elevada com R$ 152,7 milhões, ebitda de R$ 92,7 milhões, aumento de 20,9% e margem 12,2 p.p. menor, passando de 72,9% para 60,7%.
A empresa possui o controle de 10 usinas entre UHEs, PCHs e parques eólicos localizados no Brasil, Colômbia e Peru. O portfólio de ativos totaliza uma capacidade instalada de 550 MW em operação, 114 MW em implantação e o projeto Antônio Dias de 23 MW em fase de licenciamento. A garantia física total dessas centrais é de 408,8 MW médios. Em transmissão são 29 participações em sistemas de transmissão que somam ao total 7,7 mil quilômetros de extensão em linhas no Brasil e Colômbia, sendo 18 operacionais e 11 em fase de implantação, que possuem cronograma de entrada em operação comercial até 2022.