O Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da Organização das Nações Unidas (Undesa) e a Itaipu Binacional assinaram um acordo de cooperação visando uma parceria para tratar de soluções sustentáveis para o uso da água e da energia. A iniciativa, prevista inicialmente para os próximos quatro anos, faz parte da Agenda 2030.

Os diretores-geral de Itaipu, Luiz Fernando Leone Vianna (brasileiro) e James Spalding (paraguaio), participaram da solenidade ao lado de Liu Zhenmin, subsecretário-geral da ONU para Assuntos Econômicos e Sociais. O diretor de Coordenação de Itaipu, Newton Kaminski, também esteve no ato realizado na última quarta-feira, 7 de março, na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York.

A parceria visa criar uma rede global para tratar de temas relacionados a água e energia de forma sustentável, com um grande número de membros de todas as regiões, incluindo governos, empresas, sociedade civil e organizações internacionais. A parceria pretende identificar pontos-chave e oportunidades para integração, e trabalhar colaborativamente para direcionar ações para abordar esses temas, tais como o compartilhamento de boas práticas, capacitação e promoção de inovações específicas através de cooperação internacional.

“Sem integrar programas e sistemas sustentáveis de água e energia, não é possível erradicar a pobreza”, disse Liu Zhenmin, subsecretário-geral para Assuntos Econômicos e Sociais. “Estamos honrados por ter essa oportunidade de trabalhar com a Itaipu Binacional, que é um exemplo mundial de como dois países podem atuar juntos e em harmonia para prover energia limpa e confiável para seus cidadãos”, completou.

Energia e água estão intrinsicamente conectadas e são interdependentes: servem à agricultura, inclusive aos cultivos destinados a biocombustíveis. O crescimento populacional e econômico adiciona uma pressão crescente sobre água e energia, enquanto várias regiões do mundo já estão experimentando escassez de ambos. Hoje, 1,1 bilhão de pessoas não tem acesso a serviços de eletricidade, enquanto que o estresse hídrico afeta mais de dois bilhões de pessoas. Até 2035, o consumo de energia deve registrar um aumento 50%, o que deverá aumentar o consumo de água pelo setor energético em 85%.