A Eletropaulo encerrou 2017 com prejuízo de R$ 844,4 milhões ante o lucro de R$ 20,9 milhões no ano anterior. Apesar dessa queda, a receita líquida da companhia aumentou 12,9%, para R$ 13,2 bilhões. O resultado ebitda (antes de juros, impostos, amortização e depreciação) ajustado aumentou 44,96% para R$ 1,5 bilhão, e  margem ebitda ajustado aumentou 2,44 ponto porcentual, para 11%.
No quarto trimestre o resultado ficou em um prejuízo de R$ 962,7 milhões versus um lucro líquido reportado de R$ 19,4 milhões no mesmo período de 2016. Essa variação, que impactou o resultado anual deve-se ao reconhecimento do acordo com a Eletrobras, para encerramento de disputa judicial ao valor de R$ 1,5 bilhão.
Em 2017, o mercado total da Eletropaulo totalizou 42.982 GWh, volume apenas 0,4% acima do reportado em 2016. No mercado regulado a classe residencial cresceu 1%, a comercial recuou 9% e a industrial 17,5%, levando o ACR da Eletropaulo a uma queda de 4,9% nos 12 meses de 2017. Já o ACL apresentou crescimento de 22% quando comparado ao mesmo período de 2016. A empresa explicou que a expansão mais modesta do consumo no ano refletiu os efeitos da economia, cuja recuperação da recessão tem ocorrido de modo moderado e desigual entre os setores. Considerando o consumo do ACR e ACL o segmento comercial avançou 0,6% e a industrial recuou 0,6%.
A sobrecontratação de energia pela empresa está controlada. Segundo dados apresentados em seu release de resultados, no ano de 2017 houve redução de 113% para 103,54%, dentro do limite regulatório de 105% e a expectativa é de que este ano haja redução esperada de 107,3% para 102,5%. Já as perdas aumentaram 0,1 p.p. na linha de perdas não técnicas, segundo a Eletropaulo, resultado ainda da situação econômica do país.
O indicador FEC do ano de 2017 foi de 6,22 vezes, uma redução de 9,6% em comparação ao indicador de 2016, de 6,88 vezes. Já o indicador DEC apresentou redução de 25,4%, ou 3,99 horas, totalizando 11,72 horas em 2017. Como consequência da evolução dos indicadores de qualidade, e alinhamento à estratégia da companhia, os valores em compensações com DIC/FIC/DMIC/DICRI tiveram redução 32,0% em relação a 2016, representando um impacto positivo de R$ 40,2 milhões para a redução dos custos.
Os investimentos em modernização da rede e em qualidade do serviço prestado totalizaram R$ 1 bilhão em 2017, 30% a mais quando comparado à 2016, sendo R$ 911,2 milhões de recursos próprios e R$ 114,9 milhões de recursos de terceiros. A distribuidora planeja investir R$ 4,9 bilhões, em termos nominais, no ciclo de 2018 a 2022, incluindo recursos próprios e de terceiros, ante os R$ 4 bilhões previstos no ciclo anterior de 2017 a 2021.
A concessionária registrou em 31 de dezembro de 2017 uma dívida bruta de R$ 4,8 bilhões, montante 5,2% maior em relação a 2016. A dívida líquida da companhia totalizou R$ 4.216,0 milhões em 31 de dezembro de 2017, um aumento de R$ 702,9 milhões em relação ao saldo de R$ 3,5 Bilhões do ano anterior.