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Já consolidada no ramo de operação e manutenção da transmissão, a Cotesa está buscando uma expansão para a área da geração renovável de energia. A empresa decidiu por essa diretriz no seu plano estratégico para os próximos cinco anos e de acordo com o diretor operacional da empresa, Rafael Franzoni, a aposta veio no novo retrato de mercado que vem se desenhando, de mais usinas de fontes renováveis com capacidade menor. “Há tempos atrás, o mercado só focava em grandes usinas e com essa tendência de todo o mundo em buscar outras fontes, a Cotesa também teve essa visão de trabalhar nessas novas fontes”, afirma.
O plano estratégico da empresa, que apontou que ela não deveria ficar centrada em apenas um mercado ou grupo de clientes, permitiu uma reestruturação que aprimorou as áreas de engenharia, operações, de negócios e de apoio. Ela já conseguiu mais de 25 contratos com foco nas fontes alternativas. Hoje ela faz o O&M de cerca de 1,6 GW de renováveis, em que as eólicas estão em maior número. Já em 2016, João Junklaus, presidente da Cotesa, revelou à Agência CanalEnergia que a empresa buscava oportunidades em eólicas, o que se confirmou desde então.
Na fonte eólica, a empresa já está em um estágio de consolidação, assim como na fonte hídrica. Na fonte solar, que desde o ano passado já tem mais de 1.000 MW em operação, os negócios começam a aparecer. A empresa faz a manutenção do complexo solar da francesa EDF, na cidade mineira de Pirapora, um dos maiores do país. Segundo Franzoni, até aqui o resultado da incursão na nova fonte tem sido bem avaliado. “Estamos vendo com muito bons olhos, tanto a experiência quanto o resultado que a fonte vem dando para o sistema”, avisa. Para ele, a expansão da fonte deve crescer de forma considerável nos próximos anos, devido à queda nos preços.
Dentro dos objetivos da empresa, o seu centro de operações, implantado em 2016 com investimentos de R$ 1 milhão, desempenha um papel importante. O centro possibilitou que ela pudesse atender aos vários players de geração e transmissão com a qualidade e tecnologia necessários. Apesar da busca por outras frentes, a Cotesa continua bastante atuante no segmento de transmissão. No último leilão foram firmados compromissos com players vencedores, que levarão a Cotesa a fazer a manutenção de cerca de 1.200 quilômetros em LTs.
O planejamento estratégico também permitiu a criação de uma comercializadora de energia e uma empresa de serviços, que tem por objetivo atender a fundos de investimento interessados em investir no setor elétrico, mas sem infraestrutura e know how para executar trâmites como os da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica e Agência Nacional de Energia Elétrica. “Nossa ideia foi ter dentro de casa formas de atender desde a manutenção, operação, administrativa e comercialização de energia. Aquele investidor que tem interesse em investir em energia, ele consegue contratando a Cotesa”, observa.