A Eneva encerrou o ano de 2017 com lucro líquido ajustado de R$ 146 milhões, revertendo o prejuízo do ano passado de R$ 149 milhões. A empresa comemorou o resultado como o melhor já obtido para o período. Na base trimestral houve ganhos de R$ 107,5 milhões, frente a prejuízo de R$ 1,4 milhão em igual período de 2016. A geradora afirma que o desempenho é reflexo de uma rígida disciplina financeira, com foco na alocação correta de capital, redução de custos e melhora operacional dos ativos.
O resultado Ebitda ajustado (antes de juros, impostos, depreciação e amortização) aumentou 14% em 2017, para R$ 1,25 bilhão, em decorrência do início da operação comercial de Parnaíba II e da otimização dos custos fixos das usinas. No quarto trimestre, o Ebitda foi de R$ 405,5 milhões, aumento de 10% na comparação com o último trimestre de 2016.
A receita líquida operacional da Eneva atingiu R$ 2,72 bilhões no ano passado, aumento de 24% na comparação com 2016. No trimestre essa linha do balanço da companhia apontou R$ 932,5 milhões, aumento de 40,5% na comparação com igual período do ano anterior.
A Eneva teve geração líquida total de 10.028 GWh no ano, volume praticamente igual ao do ano passado quando ficou em 10.024 GWh . O despacho médio do Complexo Parnaíba no ano de 2017 foi de 61,5%, com geração líquida de 6.534 GWh ante despacho médio de 88,5% e geração líquida de 6.646 GWh em 2016. No ano, Itaqui gerou 1.480 GWh, com despacho médio de 55,1% ante uma geração líquida de 1.573 GWh e despacho médio de 77,5% em 2016. Em Pecém II o despacho médio ficou em 90,9% e geração líquida de 2.014 GWh aumento ante o despacho médio de 64,4% e geração líquida de 1.805 GWh em 2016.
No trimestre a geração foi de 4 mil GWh, aumento de 37% na comparação com os últimos três meses de 2016, resultante de maior despacho médio no período. No Complexo Parnaíba, no Maranhão, foram gerados 2,76 mil GWh. A usina de Itaqui gerou 683 GWh e Pecém II gerou 608 GWh.
Na área de óleo e gás, a Eneva produziu 0,7 bilhão de m³ de gás natural no quarto trimestre, atendendo ao despacho das termelétricas do Complexo Parnaíba. No ano de 2017, a produção de gás natural do complexo totalizou 1,6 bilhão de m³.
Aliás, as reservas de gás companhia chegaram ao final de 2017 com 18,8 bilhões de m³ em reservas 2P (prováveis e provadas), um aumento de 6% em relação aos 17,7 bilhões de m³ registrados ao fim de 2016. Com isso, a taxa de reposição de foi de 170% no ano.
A receita operacional líquida do segmento de comercialização no trimestre alcançou R$ 179,8 milhões, 4 vezes superior à receita registrada no mesmo período do ano anterior, com R$ 44,1 milhões, face ao aumento no volume de energia comercializada, que atingiu 1.563.435 MWh ante 639.897 MWh no período anterior e do PLD médio, que foi de R$397,66/MWh ante os R$162,76/MWh mesmo trimestre de 2016.
Em 31 de dezembro de 2017, a dívida bruta consolidada totalizava R$ 4,6 bilhões, com redução de 11% em relação ao final de 2016. Desse total, 3% está denominado em moeda estrangeira. A dívida bruta consolidada não inclui a dívida de Pecém II, que no final do ano passado totalizava R$ 1 bilhão.
Considerando a participação da Eneva em Pecém II (50%), a relação dívida líquida/Ebitda ajustado dos últimos 12 meses, ao final do ano passado seria de três vezes contra quatro vezes de um ano antes. A dívida líquida da Eneva caiu 18,6% no ano, para R$ 3,4 milhões, o equivalente a uma relação dívida líquida/Ebitda de 2,7x.