A Petrobras terminou 2017 com prejuízo de R$ 446 milhões, mas conseguiu manter a tendência de recuperação apresentada nos últimos resultados. De acordo com a empresa, que divulgou seus resultados nesta quinta-feira, 15 de março, o resultado foi impactado pelo acordo de R$ 11,2 bilhões feito para o encerramento da ação coletiva de investidores nos Estados Unidos, além da adesão a programas de regularização de débitos federais, que somaram R$ 10,4 bilhões. Sem essas despesas, a estatal teria lucro líquido de pouco mais de R$ 7 bilhões. Um dos destaques da empresa no período foi a venda da Nova Transportadora do Sudeste, por R$ 6,3 bilhões.

O resultado operacional em 2017 foi de R$ 35,6 bilhões, quase o dobro do ano anterior. Houve redução de R$ 16,4 bilhões em relação a 2016 nas reavaliações dos ativos da companhia, fator determinante na melhora do lucro operacional, O resultado operacional foi favorecido pela queda de 10% nos custos operacionais gerenciáveis, uma alta de 24% no preço do petróleo no mercado internacional bem como um ganho maior nas exportações.

A dívida da Petrobras em 2017 foi reduzida para R$ 84,8 bilhões. Esse valor é o menor desde 2012. A gestão da dívida também permitiu que o prazo médio de vencimento fosse aumentado de 7,46 para 8,61 anos e a taxa média de juros reduzida de 6,2% para 5,9%. O fluxo de caixa livre foi positivo pelo décimo-primeiro mês consecutivo.  O valor de R$ 44 bilhões registrado é 6% acima do número anterior.