Os indicadores de qualidade que medem a duração (DEC) e a frequência (FEC) das interrupções no fornecimento de energia pelas distribuidoras apresentaram melhora no ano passado, segundo levantamento da Agência Nacional de Energia Elétrica. O DEC médio ficou em 14,35 horas, com redução de 9,23% em relação às 15,81 horas em que o consumidor ficou sem energia em 2016. Já o FEC registrou em média 8,20 ocorrências de falta de energia no ano passado, com queda de 7,55% na comparação com as  8,87 interrupções em média de 2016.

A melhora do desempenho também reduziu as compensações pagas ao consumidor pelas distribuidoras por descumprimento dos indicadores individuais de qualidade. O valor caiu de R$ 571,12 milhões, em 2016, para R$ 477,16 milhões em 2017. O tempo médio de duração dos desligamentos na rede de distribuição no ano passado é o menor da série histórica desse indicador, de acordo com a Aneel.

O ranking da agência inclui 33 concessionárias de grande porte, com mais de 400 mil unidades consumidoras, e 25 concessionárias menores, com até 400 mil unidades. As melhores colocadas entres as grandes são Energisa Minas Gerais e Cemar (MA), em 1º e 2º lugares. Nas últimas posições desse grupo estão  Eletrobras Alagoas, em 32º lugar, e Enel Goiás, antiga Celg D, em 33º.

Entre as distribuidoras menores, as melhores colocadas são Energisa Borborema (PB), em 1º, e Empresa Força e Luz João Cesa (SC) em 2º. As últimas são Forcel, em 25º, e Eletrobras Roraima, em 24º.

A agência reguladora atribui  o resultado positivo às novas exigências de qualidade previstas nos contratos de concessão, aos planos de resultados exigidos das distribuidoras com pior desempenho, à compensação financeira paga ao consumidor e à fiscalização.