A Agência de classificação de risco Fitch Ratings afirmou na última segunda-feira, 20 de março, os Ratings de Probabilidade de Inadimplência do Emissor ratings de Longo Prazo em Moedas Estrangeira ‘BB’ e Local ‘BBB- da Engie Brasil Energia e o Rating Nacional de Longo Prazo em ‘AAA (bra)’. A perspectiva é considerada estável.

De acordo com a Fitch, o rating em moeda estrangeira da Engie é limitado pelo teto país do Brasil, uma vez que a companhia gera todas as suas receitas em moeda local, sem caixa e linhas de crédito compromissadas no exterior. A análise não incorpora a possibilidade de suporte do controlador. A Fitch considera uma diferença de três graus entre o IDR em Moeda Local da empresa e o rating soberano como apropriada, devido à natureza regulada do mercado no qual a empresa opera. A Perspectiva Estável dos IDRs em Moedas Estrangeira e Local segue a do rating soberano, ‘BB-’.

A perspectiva da agência é que ela vai manter o perfil sólido de crédito consolidado nos próximos anos, mesmo durante um período de investimentos mais altos. Os indicadores de crédito da Engie Brasil devem se deteriorar moderadamente após a provável transferência da UHE Jirau para a Engie. A elevação dos ratings é considerada improvável, porém o rebaixamento da nota é possível, desde que haja grandes investimentos ou aquisições fora do plano de negócios da companhia que possam levar a alavancagem líquida para mais de 3,5 vezes, dificuldades em refinanciar o saldo devedor dos empréstimos ponte. A liquidez da empresa foi pressionada devido a concentração dos vencimentos da dívida do curto prazo.

Para o diretor-presidente da Engie Brasil Energia, Eduardo Sattamini, a confirmação do rating como AAA local e BB é excelente já que ela está considerando um período como o atual, quando a empresa está com um expressivo nível de investimentos. Segundo ele, isso reflete o perfil financeiro conservador e de baixa alavancagem da Engie o que possibilita o crescimento que hoje ela está vivenciando, sem alterar a qualidade de crédito.