O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, admitiu a possibilidade de um acordo com investidores nos Estados Unidos para encerrar a ação coletiva em que eles pedem indenização pelas perdas da estatal com os casos de corrupção apontados na Operação Lava Jato. O executivo esclareceu, porém, que o caso da Eletrobras é muito diferente do da Petrobras, que anunciou em janeiro um acordo de US$ 2,95 bilhões para evitar o que seria um prejuízo maior em outra ação semelhante.
“Não são [situações] comparáveis. Como Pedro Parente colocou, as empresas procuram um acordo porque a punição pode ser maior”, explicou nesta quarta-feira, 21 de março, após participar de seminário sobre os desafios do setor elétrico na sede da Confederação Nacional da Indústria. De acordo com o executivo, não há pressão, no caso da Eletrobras.
Em dezembro do ano passado, a estatal assinou um novo contrato com o escritório de advocacia americano Hogan Lovells para concluir apurações sobre eventuais casos de corrupção na companhia. O escritório tem prestado serviços à estatal desde 2015, quando surgiram as denúncias de corrupção em empreendimentos da Eletrobras.