A Cesp encerrou o ano com prejuízo de R$ 168,5 milhões no ano de 2017 ante um lucro de R$ 350,8 milhões de 2016. O resultado no trimestre ficou no vermelho em R$ 102 milhões, no mesmo período do ano anterior os ganhos foram de R$ 71,3 milhões. O ebitda (antes de juros, impostos, depreciação e amortização) no ano foi de R$ 197,3 milhões, queda de 66,1% e no trimestre o recuo foi de 93,8%. Já esse indicador ajustado apresentou recuo de 57,2% no ano, para R$ 388,8 milhões e de 81,3% no trimestre, para R$ 30,3 milhões.
A geradora que está em processo de privatização explicou em seu release de resultados que esse resultado é resultado, principalmente, ao item de Energia Comprada, que levou ao gasto de R$ 712,9 milhões em 2017, em comparação a R$ 147,8 milhões em 2016.
A Produção de Energia Elétrica da Cesp, observados os comandos do Operador Nacional do Sistema Elétrico, atingiu 2.419,7 GWh no quarto trimestre de 2017. No consolidado do ano o volume alcançou 9.473,9 GWh, mesmo nível do ano anterior. No ano de 2017, a receita com venda de energia atingiu R$ 1,7 bilhão, com redução de 14,6% em relação a 2016 quando foram reportados pouco mais de R$ 2 bilhões. Destaque foi dado para as vendas no mercado livre, com elevação de 19,9% frente ao exercício anterior. O volume total de energia foi de 11.131,3 MWh, representando uma oscilação positiva de 9,4% em comparação a 2016. Dessa energia, 1.682,9 MWh foi destinada ao Mecanismo de Realocação de Energia. Em 2017, o ACL respondeu pelo maior volume de receita, comercializada ao preço médio de R$ 171,56/MWh. O preço médio do ACR foi de R$ 222,58/MWh. O preço médio da energia comercializada no mercado de curto prazo foi de R$ 125,03 MWh.
Os Custos e as Despesas Operacionais em 2017 somaram R$ 1,6 bilhão, 14,3% superior ao valor de 2016. As principais reduções de despesas em 2017 foram  de 21,3% em pessoal, devido à redução de quadro de empregados, 22,8% em serviços de terceiros, seguindo a menor contratação, de 55, 8% em encargos setoriais, como consequência do fim da operação assistida das Usinas Ilha Solteira e Jupiá. Mas houve o forte aumento na linha Energia Comprada por conta do GSF dos últimos dois trimestres do ano.
A dívida financeira ao final de 2017 era de R$ 390,6 milhões, 51,7% inferior a quando comparado ao mesmo dia de 2016, que estava em R$ 809,1 milhões. Considerando as disponibilidades de R$ 310,5 milhões, a dívida líquida ao final do exercício de 2017 era de R$ 80,1 milhões.