O ministro de Minas e Energia (MME), Fernando Coelho Filho, disse nesta quinta-feira, 22 de março, que vai pedir para integra a Comissão mista da Medida Provisória 814, que discute a privatização da Eletrobras, após entregar o cargo de ministro no dia 5 de abril para concorrer a um novo mandado de deputado federal pelo seu estado, Pernambuco.
“Volto para Câmara para defender a pauta de quando estive no Governo. Vou defender uma Eletrobras mais eficiente, um setor elétrico mais eficiente, se eu conseguir a oportunidade de participar da comissão – já têm membros participando, não quero tomar o lugar de ninguém -, mas se tiver uma oportunidade eu estou lá”, disse Coelho, que participou do Agenda Setorial, no Rio de Janeiro, promovido pelo UBM/Grupo CanalEnergia.
Segundo o ministro, é preciso “desmistificar os muitos absurdos que são ditos” entorno do processo de privatização da Eletrobras. Ele mantém a expectativa de que até o início de abril o texto da MP 814 seja aprovado na comissão e na Câmara dos Deputados, para que o Senado Federal tenha todo o final de abril e maio para analisar e aprovar o tema.
O ministro foi questionado sobre o seu sucessor e quanto essa troca poderia comprometer a agenda do setor elétrico. Coelho Filho evitou indicar possível sucessores, reforçando que a decisão será do presidente Michel Temer.
Porém, ele disse que vai defender a manutenção da equipe formada durante a sua gestão, que seu sucessor seja, de preferência, alguém da equipe técnica atual. “Se for me dada a permissão, posso indicar bons nomes que têm dentro dessa equipe.” A expectativa do mercado é que o secretário-executivo do MME, Paulo Pedrosa, assuma a pasta com a saída de Coelho Filho.
Fernando Coelho Filho agradeceu a toda a equipe do MME, por ter acreditado em um jovem político em uma área tão vital. “Foi surpreendente que pessoas desse gabarito tenha aceitado compor a nossa equipe e vir para o serviço público em um momento onde vir par o serviço público não era o momento mais apropriado.” O deputado assumiu o ministério em maio de 2016, durante o processo de impeachment de Dilma Rousseff.
“Fica a todos do MME os meus sinceros agradecimentos, aos que chegaram comigo e sobretudo aos que já estavam no ministério, que na verdade estavam precisando de um ânimo para poder se engajar e nos ajudar a fazer toda essa organização”, disse Coelho.