A Enel divulgou nesta quinta-feira, 22 de dezembro, um lucro líquido de € 3,779 bilhões em 2017, o que significa uma alta de 47% sobre o ano anterior. De acordo com a Enel, o crescimento se deve principalmente aos negócios na América do Sul e Itália e a adição de mais 3 GW em energia renovável. A empresa também se beneficiou da redução de impostos corporativos na Itália e nos Estados Unidos, além dos ganhos com a venda de participações minoritárias.
A receita do grupo cresceu 5,7% no ano passado para € 74,639 bilhões, em consequência do aumento dos ganhos com venda de energia e transporte e um maior número de negócios com energia, assim como taxas mais favoráveis de câmbio, com a depreciação do euro. Na América do Sul, as receitas no ano passado alcançaram € 13,15 bilhões, um aumento de 22,2% sobre 2016. Entre os efeitos positivos, estão maiores receitas no Brasil, em grande parte devido à mudança no escopo de consolidação após a aquisição da Enel Distribuição Goiás, ao reconhecimento das receitas das atividades das distribuidoras e a maior produção hídrica.
O ebtida da empresa chegou a € 15,65 bilhões no ano passado, 2,5% maior que em 2016. O ebtida sul americano alcançou € 4,204 bilhões, com alta de 18,2%. O ebtida ordinário chegou a € 15,555 bilhões, com alta de 2,5%. Na região, o indicador chegou a € 4,1 bilhões, crescendo 14,8% sobre o ano anterior. Entre os fatores positivos está o aumento da margem no Brasil, beneficiado principalmente pela inclusão da Enel Distribução Goiás no escopo de consolidação, bem como pela evolução cambial favorável e melhores margens registradas pelas distribuidoras.
O CEO da Enel, Francesco Starace, comemorou o desempenho do grupo no ano passado, classificando-o de “extremamente positivo”. “Estes resultados comprovam a implementação efetiva da estratégia do Grupo e a evolução contínua do modelo de negócios, apesar de um contexto de mercado desafiador. Progresso significativo na entrega de nossos principais pilares estratégicos e facilitadores foi feito ao longo do ano”, afirmou em comunicado à imprensa. Ele ressaltou que as renováveis continuam sendo o motor de crescimento da Enel.