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A forte alta verificada nas revisões tarifárias não deverão se repetir nos demais reajustes ao longo do ano. Previsão da consultoria TR Soluções indica que em 2018 o aumento na média tensão deverá ficar em torno de 13,08%. De acordo com Paulo Steele, diretor da TR Soluções, as altas expressivas vieram devido a uma soma de fatores, como processos de revisões tarifárias sofridos pelas distribuidoras, indenizações da rede básica, saldo da conta bandeiras e o orçamento da CDE em 2018. A Enel Distribuição Rio teve um revisão tarifária média já aprovada de 21,04%. Outras distribuidoras estão em processo de revisão e também tiveram índices elevados, como a Cemig, em que a revisão proposta vai ter um aumento médio de 25,87%; a Coserrn (RN), com 14,88% e a RGE Sul, com reajuste de 23,82% para os consumidores residenciais e 28,25% para as indústrias.
O consultor conta que as revisões tarifárias levaram em consideração os investimentos que a concessionária fez nos últimos cinco anos, o que já não ocorre em um reajuste tarifário tradicional, elevando assim o percentual de reajuste. Segundo ele, nas demais empresas que ainda vão ter reposicionamento tarifário este ano, ele não virá como reposicionamento,. “É um fator que mitiga os próximos eventos tarifários”, avisa o executivo, que participou na última quinta-feira, 22 de março, do Agenda Setorial, promovido por UBM/Grupo CanalEnergia, no Rio de Janeiro.
Projeção de 2018 da TR para o mercado regulado
Já os custos em indenizações da rede básica para as empresas que tem reajuste a partir do segundo semestre do ano já fazem parte da tarifa vigente, o que impede a elevação da tarifa. Outro ponto que Steele coloca é o saldo da conta bandeira negativa, que está com um passivo de R$ 3,7 bilhões, o que ocasiona transferência para a tarifa. Com o provável acionamento da conta, o saldo da conta vai ser alterado, com o passivo diminuindo ao longo dos próximos meses.