O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, afirmou  em debate no Tribunal de Contas da União que o processo de privatização da Eletrobras não reflete única e exclusivamente a vontade do governo de vender a empresa. A ideia, segundo ele, é  dar oxigênio para que a estatal se recupere. “Não  estamos vendendo a empresa por R$ 12 bilhões. Estamos dando a chance a ela de ter de volta as usinas que lhe foram tomadas”, disse o ministro.

Coelho lembrou que nos últimos 15 anos a estatal foi responsável por  menos de 5% da expansão de geração do Brasil. “Não foi só fruto da má gestão, da MP 579. Foi um conjunto de decisões tomadas em nome da empresa”, afirmou Coelho Filho. Ele destacou o próprio custo da força de trabalho do grupo estatal, que é três vezes maior em algumas empresas e até quatro vezes maior que o custo dos profissionais da iniciativa privada em outras.

O ministro participa nesta terça-feira, 27 de março, de debate   promovido pelo tribunal, que tem como tema “Privatização da Eletrobras: Repercussões setoriais para a modicidade tarifária e modelagem societária.” O evento teve em sua abertura a participação dos ministros Moreira Franco (Secretaria Geral), Henrique Meirelles (Fazenda) e  Dyogo Oliveira (Planejamento), além do relator do projeto de lei de privatização da Eletrobras, deputado Jose Carlos Aleluia (DEM-BA).

Assista ao debate ao vivo