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A Kroma Energia, comercializadora com forte atuação na região Nordeste do país, dará mais atenção ao negócio de geração de energia. Neste ano, a empresa antecipará em um mês a operação do complexo solar Apodi (120 MW), viabilizado no 2º LER de 2015, e também vai participar com 100 MW do próximo leilão A-4, agendado para 4 de abril.
“A gente acha que o leilão de abril vai ser extremamente competitivo. Só vai ganhar empresas de porte mundial e com preço agressivo, mas estamos preparados para essa guerra”, afirmou Rodrigo Mello, diretor presidente da Kroma, em entrevista exclusiva à Agência CanalEnergia.
Em 2018, a empresa completa 10 anos de atuação. Como trader, negocia 300 MW por mês. Até outubro pretende colocar em operação comercial as usinas Apodi I, II, III e IV, com 30 MW cada, em construção em Quixeré, no Ceará. Contratualmente, essas usinas precisam entregar energia em novembro, mas Mello já informou que esse prazo será antecipado. Foram investidos R$ 600 milhões nos empreendimentos, cujo fator de capacidade é 29%.
Segundo Mello, a grande aposta da empresa, porém, está no desenvolvimento de projetos fotovoltaicos exclusivo para o mercado livre. “Para ter o PPA privado [Power Purchase Agreement, na sigla em inglês], você precisa ter experiência regulatória e projetos com qualidade. Estamos com pipeline para PPA privado em torno de 300 MW”, disse o executivo, que revelou já assinado memorandos de entendimento com algumas empresas privadas para contratos de fornecimento entorno de 10 anos com energia solar.
“A gente acredita muito nos PPAs privados, as novas regras estão caminhando para separar lastro e energia e a gente entende que energia é o nosso negócio e temos que entrar no PPA privado”, reforçou Mello.
A Kroma se associou a empresas norueguesas experientes e que estão capitalizadas e interessadas em investir em energia renovável. A estratégia é somar esse poder de fogo com a experiência de trader e o conhecimento da Kroma no setor elétrico brasileiro. “Conhecemos as regras da CCEE, sabemos vender energia, e esses são diferenciais. Muitas empresas desenvolvedoras não entendem o grau de complexidade que é vender energia e quais são as variáveis”, explicou Mello.
O executivo acredita que as mudanças pretendidas para o setor elétrico, como separação de lastro e energia e ampliação do mercado livre, são oportunidades que precisam ser antecipadas pelos agentes. “Estamos fazendo projetos competitivos, com sócios capitalizados e com a contraparte que nos de tranquilidade do recebível.”
Para ele, a energia solar vai ganhar cada vez mais espaço na matriz elétrica brasileira, com preços cada vez mais competitivos. “O grande diferencial é o preço da fonte solar, os preços nos últimos leilões foram surpreendentes e a gente acha que esse movimento de preço chegou para ficar. Esse preço é totalmente factível para o mercado livre.” No leilão A-4 de 2017, o preço médio alcançado pela fonte solar foi de R$ 145,68/MWh.