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O bipolo, que forma o primeiro sistema de transmissão que liga a UHE Belo Monte ao sul de Minas Gerais, deverá retomar os 4 mil MW de potência. O empreendimento foi afetado pela perturbação do sistema que levou ao desligamento de cerca de 25% da carga no país no dia 21 de março. De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico, essa ação deverá começar a ser implantada a partir desta quinta-feira, 29 de março. A meta é retomar a potência máxima que era verificada quando houve o problema a partir de sábado, 31 de março.
Essa medida, explicou o ONS durante o primeiro dia de reunião para a Programação Mensal de Operação de abril, é importante para permitir o escoamento da produção de energia tanto da UHE Tucuruí (PA, 8.340 MW) quanto da UHE Belo Monte (PA 11.233 MW). Essas são as duas maiores usinas totalmente brasileiras e que estão em uma região com hidrologia favorável. Inclusive, a primeira está com o reservatório cheio e está até mesmo vertendo água. No último bimestre a Energia Natural Afluente no rio Tocantins apresentou vazões próximas à média de longo termo. Em fevereiro ficou em 98% da MLT e até o dia 26 de março estava em 92% da média histórica.
Essa elevação será feita de forma gradual até alcançar o limite. Inclusive, esse é o volume de energia que será considerada no PMO para o próximo mês para o escoamento de energia para o submercado Sudeste/Centro-Oeste, e se houver necessidade e disponibilidade, para o Sul do país.
No dia 21 de março houve o problema de um disjuntor na SE Xingu que levou ao desligamento desse linhão que conecta Belo Monte à subestação Estreito, no sul de Minas Gerais. O empreendimento é da Belo Monte Transmissora de Energia, uma sociedade de propósito específico formada pela chinesa State Grid (51% do capital social) e a Eletrobras por meio de suas subsidiárias (Furnas e Eletronorte) cada uma com 24,5%.
No momento do desligamento estava sendo transmitido 3,7 mil MW em processo de elevação da potência transmitida para o programado de 4 mil MW. Informações preliminares da concessionária indicam que a causa do desligamento foi o mal funcionamento da proteção do disjuntor da barra que interliga o pátio de 500 kV da Estação Conversora de Xingu ao pátio de 500 kV da Subestação que recebe as linhas de transmissão que trazem energia da usina. Com a abertura desse disjuntor houve interrupção do fluxo de energia da usina para a estação conversora o que foi detectado pelo sistema de proteção da conversora e seu correspondente desligamento geral.
Na última segunda-feira (26) foi realizada a reunião para apurar as causas do desligamento. O prazo para a publicação de uma nota técnica com o resultado dessa investigação é de dez dias, de acordo com o diretor-geral do ONS, ao participar do Agenda Setorial 2018, na quinta-feira, 22 de março, no Rio de Janeiro (RJ). À oportunidade, Barata reiterou que o ONS é o maior interessado em saber as razões que causaram o apagão e que não esconderá as suas origens. Ele considerou a ocorrência de grande impacto, mas diz que ela não foi pior que a de 2009, que também deixou grande parte do país sem energia.
(Nota da Redação: Matéria alterada às 17:34 horas do dia 28 de março de 2018 para alteração de informações sobre a origem do apagão após contado da assessoria da BMTE. O apagão originou-se fora das instalações do bipolo da BMTE. O evento iniciou-se pela abertura do disjuntor que interliga a única barra existente entre as instalações da BMTE e as da SE Xingu. Essa instalação foi feita devido a falta das instalações da ATE XXI provocada pela liquidação da ABENGOA)