Nos últimos quatro anos, a duração e a frequência das interrupções de energia em Curitiba caíram pela metade. A melhoria é resultado das obras de expansão realizadas no sistema elétrico da capital entre 2011 e 2017, período em que a cidade recebeu R$ 670 milhões para ampliação das redes de distribuição de energia, construção de novas subestações e linhas de transmissão, além de reforços para atender a Região Metropolitana.
Desde 2014, a partir da metodologia implantada pela Aneel, a frequência equivalente de interrupção por unidade consumidora caiu 42,26%. Já o tempo médio em que cada imóvel na capital ficou sem energia caiu 50% no mesmo período: “A melhoria na qualidade do atendimento é explicada pelos investimentos que a Copel tem feito no sistema elétrico da capital e em todo o Paraná”, comentou o presidente da empresa, Antonio Sergio Guetter.
Entre as principais obras realizadas, destacam-se ampliações de infraestrutura na rede de até 34,5 kV (quilovolts), que angariou investimentos de R$ 117 milhões para atender a demanda dos consumidores já conectados. Para viabilizar novos pedidos de ligação e aumento de carga de consumidores urbanos e rurais da capital, a companhia paranaense aplicou R$ 65 milhões.
Outros R$ 134 milhões foram destinados à novas subestações, implantadas nos bairros Novo Mundo, Sítio Cercado, Bairro Alto, Bom Retiro, Hauer, Jardim das Américas e Jardim Botânico: “São empreendimentos essenciais para ampliar o fornecimento de energia a diversas regiões da capital. Curitiba hoje tem 820 mil unidades consumidoras conectadas à rede da Copel, número que cresce a cada ano”, afirmou Guetter.
A operação de novas subestações implicou a necessidade de novas linhas de distribuição e transmissão de energia. Atenta à questão, foram reservados R$ 39 milhões para novas redes de 69 a 138 kV.
Também foram executadas ampliações e reforços em redes de distribuição que comportam novos pedidos de ligação de consumidores cadastrados em programas sociais urbanos e rurais, como o Luz Para Todos ou o Irrigação Noturna.
A rede de alta tensão de Curitiba e Região Metropolitana também ganhou reforço no mesmo período. Foram R$ 280 milhões aplicados em diversas obras de expansão ou implantação, com destaque para a subestação Curitiba Norte (230 kV), em Almirante Tamandaré, e da linha de transmissão que a conecta até a subestação Bateias, em Campo Largo, a subestação Curitiba Leste (525/230 kV), em São José dos Pinhais, com linha de transmissão que a interliga com Curitiba e Fazenda Rio Grande, além da subestação Santa Quitéria (230 kV), no bairro de mesmo nome na capital.
Outra obra de destaque é a linha de transmissão Uberaba – Curitiba Centro, a antiga rede de energia da “Avenida das Torres”, que passará a ser subterrânea, terá oito quilômetros de extensão, ampliando a capacidade de operação de 69 kV para 230 kV.
A linha aérea existente foi desativada, com a retirada de 25 torres, 20 superpostes e 42 km de cabos condutores instalados ao longo do canteiro central da Avenida Comendador Franco: “É uma obra que amplia a qualidade do fornecimento de energia na Região Metropolitana e favorece a mobilidade urbana entre Curitiba e São José dos Pinhais”, explicou Guetter.
Obras menores mas importantes para melhorar o atendimento à demanda por energia em alta tensão somaram R$ 34 milhões, com reforços realizados nas subestações Campo Comprido, Cidade Industrial, Pilarzinho, Uberaba e Umbará, além de Bateias, em Campo Largo, e Gralha Azul, em Araucária.
Já para 2018, estão previstas ampliações e reforços em alimentadores, expansão e reforços da rede subterrânea, além da instalação de equipamentos como chaves e religadores. Até então, os investimentos para o ano somam R$ 12 milhões.