O consumo nacional de energia elétrica, com base em dados medidos pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), aponta para crescimento de 2,5% em março na comparação anual, para 65.304 MW médios. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, 29, e consideram medições coletas entre os dias 1º e 27 do mês.
Segundo a CCEE, o desempenho é resultado das temperaturas mais elevadas neste ano do que foi em março de 2017. No mercado cativo, o consumo subiu 1,7%, índice que considera a migração de consumidores para o mercado livre. Sem esse efeito na análise, o aumento alcançaria 3,4% no período. O consumo no mercado livre, no qual as empresas compram energia diretamente dos fornecedores, apresentou elevação de 4,5%, número que incorpora o impacto das novas cargas vindas do ambiente regulado. Quando esse movimento é desconsiderado na análise, o consumo no ambiente livre se manteria igual ao do ano anterior.
Dentre os ramos da indústria avaliados pela CCEE, incluindo dados de autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, os setores de veículos (+10%), metalurgia e produtos de metal (+4,8%) e manufaturados diversos (+2,2%) registraram aumento no consumo, mesmo sem o impacto da migração na análise. Os maiores índices de retração, no mesmo cenário sem migração, pertencem aos segmentos químico (-8,1%), de bebidas (-4,6%) e de minerais não-metálicos (-3,5%).
Em março, a geração de energia no sistema somou 68.961 MW médios, incremento de 2,9%, em relação ao mesmo período de 2017, impulsionada pela maior produção das usinas hidráulicas (+4,7%), incluindo as pequenas centrais hidrelétricas, e eólicas (+5,5%). A geração térmica, por sua vez, registrou queda de 9,3% no período.
A CCEE também apresenta estimativa da produção das usinas hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia, em março, equivalente a 117,3% de suas garantias físicas, ou 53.438 MW médios em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, o percentual é de 97,4%.