A Agência de classificação de risco Fitch Ratings elevou de ‘A- (bra) para ‘A+ (bra) ’ os Ratings Nacionais de Longo Prazo da Light S.A. (Light) e de suas subsidiárias. A Perspectiva dos ratings corporativos é estável. De acordo com a Fitch, elevação dos ratings vem na expectativa de melhora do perfil financeiro consolidado do grupo, com fortalecimento da geração operacional de caixa e gradual redução da atualmente elevada alavancagem líquida. Além disso, a classificação incorpora a visão da Fitch de que o grupo será bem-sucedido nas iniciativas para equacionar suas necessidades de rolagem de dívida de curto prazo e fortalecer sua posição de liquidez.
A análise não incorpora mudanças na condução dos negócios do grupo Light, ainda que esteja prevista uma importante alteração em sua composição acionária a curto prazo. De acordo com a Fitch, o perfil de crédito mais pressionado do principal acionista do grupo, a Cemig, pode prejudicar seu acesso a crédito. A análise considerou o fato de que os negócios do setor de energia brasileiro apresentam risco regulatório moderado e que a exposição ao risco hidrológico, inerente ao setor, ainda se encontra acima da média histórica.
Uma melhora na nota pode vir com o fortalecimento dos indicadores de liquidez ou com a alavancagem líquida ajustada em patamar igual ou abaixo de três vezes. Já a piora da nota da Light pode ser causada pela manutenção de indicadores de liquidez fracos e uma alavancagem líquida em patamares acima de quatro vezes, de forma consistente.
Outra agência, a Standard & Poor’s, reafirmou os ratings de crédito corporativo de longo e curto prazos ‘brA/brA-1’ atribuídos à Light e alterou a perspectiva do rating de longo prazo, de positiva para estável. Embora com custos maiores por conta da hidrologia ruim de 2017, o reajuste de 10,36% da distribuidora deve levar a uma recuperação em sua geração de caixa em 2018. Já a perspectiva estável reflete a expectativa de que o ritmo de desalavancagem do grupo será mais lento do que o esperado anteriormente, principalmente em razão de uma menor geração de caixa.