A Cemig segue com seu programa de desinvestimentos ao longo de 2018 e aponta que as vendas da Light, Santo Antônio Energia, Cemig Telecom e a venda de ativos da Renova são os processos que estão mais avançados dentre os oito que fazem parte do plano. Inclusive, a perspectiva é de que a venda da Light possa sair antes mesmo do vencimento de uma PUT da empresa exercida pelos bancos que participavam do controle da elétrica fluminense e que vence em novembro.
A estatal mineira afirmou que como a meta é a de desalavancar a companhia, o objetivo é de venda de sua participação nessa controlada. Segundo o valor das ações ao final de março, de R$ 13,55 por papel, a fatia da Cemig na Light tem valor de mercado de R$ 1,35 bilhão. Contudo, é possível que o preço da transação “não seja o valor de tela” (das ações). Os executivos da empresa afirmaram que o atual status é de negociação com o potencial comprador da Light, mas sem entrar em mais detalhes sobre a operação.
Entre as opções levantadas durante a teleconferência de resultados do ano de 2017, quando a empresa apresentou lucro líquido de R$ 1 bilhão, a Cemig pode estudar opções de venda da controlada por meio de troca de ações, desde que as ações que receber em troca tenham liquidez no mercado de capitais, ou ainda, uma cisão entre as áreas de geração e distribuição pode ser estudada. A elétrica mineira disse não estar fechada a novas formas de venda, mas ressaltou que a meta é a de não ter mais participação na Light como forma de desalavancar a estatal.
Outro ativo que pode ser vendido é a fatia de 18% na Santo Antônio Energia, cujo valor contábil é de R$ 1,1 bilhão. A chinesa Spic voltou às mesas de negociações, mas a Cemig disse que não é possível precisar qual negócio poderá sair primeiro. E ainda, entre os quatro negócios mais próximos de venda estão a alienação da Cemig Telecom e dos ativos da Renova, sendo Alto Sertão III para a Brookfield e a Brasil PCH para a própria Cemig GT como forma de desalavancar a geradora.
Na outra ponta estão negócios que somam valor contábil de R$ 2,7 bilhões, sendo o maior deles a participação da mineira na Norte Energia onde tem 12% (R$ 1,4 bilhão) que ficou para 2019, a venda da Gasmig com R$ 1,2 bilhão, mas que ainda está na fase de modelagem de contrato de concessão com o governo estadual, e outras participações em exploração de gás e usinas de Cachoeirão, Pipoca e Paracambi, também para 2019.