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O estudo sobre os reais custos e benefícios das fontes de geração de energia elétrica no Brasil, que está sendo feito pela PSR, deve ficar pronto em junho. Na última terça-feira, 3 de abril, foi realizado na sede da Empresa de Pesquisa Energética, no Rio de Janeiro (RJ), um Workshop em parceria com o Instituto Escolhas e o Instituto Clima e Sociedade, em que foram apresentados os resultados parciais do estudo. O resultado vai auxiliar na preparação da EPE para a elaboração de estudos de sistemas futuros. “Ele traz elementos para o aperfeiçoamento da discussão do processo de estudos de planejamento”, afirma Luiz Augusto Barroso, presidente da EPE.
“O objetivo do estudo é revelar para a sociedade qual o custo final de todas as fontes. Não estamos entrando no mérito se ele é correto ou não, só estamos externalizando de modo transparente o custo total”, explica Bernardo Bezerra, diretor da PSR que participa do estudo e que o apresentou no Workshop. Embora o estudo ainda não tenha sido finalizado, já há sinalizações que causaram certa surpresa. Bezerra conta que a valoração da ordem de grandeza da inércia foi uma delas. Para ele, a ideia era que o valor fosse maior, mas ele não é tão grande quanto o que está sendo identificado.
Outro ponto que o diretor da PSR citou foi o do atributo da modulação, que não estaria sendo muito precificado de acordo com a base de dados usada pela PSR. Bezerra explica que isso acontece pelo fato de haver muitas hidrelétricas no sistema do Brasil. “As próprias UHEs estão prestando o serviço de fazer modulação ao longo do dia da produção de energia eólica e solar e também do atendimento da carga horária”, avisa o diretor da PSR, que considerou o estudo uma ótima oportunidade para se debruçar em temas específicos e técnicos. A análise de itens como Capex & Opex; Serviços de geração, Custos de Infraestrutura e Subsídios e Incentivos também estão inseridos no estudo.
O evento contou com a presença de agentes que representavam as mais variadas associações, empresas e instituições do setor, que questionaram aspectos do estudo que abordavam as suas fontes. Barroso aprovou o debate, frisando que a discussão qualificada está em linha com os objetivos da EPE e do Ministério de Minas e Energia.